São Paulo, domingo, 17 de agosto de 1997 |
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Palmas aos campeões
JUCA KFOURI O Cruzeiro volta ao Parque Antarctica onde ganhou a Copa do Brasil e abriu o caminho para o memorável bi na Libertadores. Volta de ressaca, gloriosíssima ressaca.Que a massa alviverde nos brinde hoje com um momento alto em nossa educação esportiva, aplaudindo em pé a entrada dos brasileiros campeões sul-americanos de 1997 em campo. Como os cruzeirenses fizeram ao cantar parabéns ao centenário Flamengo no Mineirão, dois anos atrás. O futebol agradecerá. * Taffarel esteve inseguro de novo, e Carlos Germano foi melhor, embora sentindo falta de jogo e largando pelo menos uma bola boba. Cafu segue absoluto e a dupla André Cruz e Júnior Baiano, pouco exigida, foi melhor que a anterior. Júnior Baiano é, disparado, o zagueiro mais bem dotado tecnicamente de nosso futebol. Tecnicamente. Roberto Carlos, como Cafu, parece absoluto. Flávio Conceição e Dunga são os titulares e não se fala mais nisso. Na frente, Leonardo continua a não ser tudo o que se esperava dele, acometido de surpreendente crise de timidez. Quando menos se esperar é bem provável que Rivaldo acabe tomando conta da posição. Veremos. E Denílson ainda precisa ser mais regular, embora tenha tudo para se firmar como o jogador surpresa da campanha do penta. Na dupla de ataque a velha novidade é Romário. Ele estraçalhou, mesmo jogando distante de Ronaldinho... Se ainda há dúvidas na zaga central e no meio-campo, qualquer solução para ambos os setores será aceitável, mesmo que não seja a melhor. Mas o insensato giro asiático demonstrou que o maior problema da seleção permanece sendo o do goleiro. Será um drama? O Brasil tem muitos goleiros de boa qualidade, desde jovens como Rogério e André, passando por menos jovens como Dida e Danrlei, seguindo com os já andados como Velloso e Carlos Germano, bastante experientes como Ronaldo e Zetti, até um digno símbolo como Taffarel. Mas falta um que seja tão indiscutível como Gilmar nas campanhas de 1958 e 1962, apesar de seu reserva, Castilho, ter sido um goleiraço. Talvez por isso fosse bom seguir o conselho de Gilmar e dar uma olhadinha em Ronaldo, o preferido do goleiro bicampeão mundial. Texto Anterior: Uma pomba só...; Macaco velho...; Quem muito quer... Próximo Texto: Invencibilidade em casa é incentivo extra para Lusa Índice |
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