São Paulo, domingo, 17 de agosto de 1997 |
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Coluna Joyce Pascowitch
JOYCE PASCOWITCH LebreDepois de pilotar os trabalhos do grupo especial do Conselho Nacional de Saúde -que definiu as novas normas com pesquisas em seres humanos-, o professor William Saad Hossne (foto) comemora: a preocupação com a ética no país ganha forma, conteúdo e jeitão de Primeiro Mundo. Pelas novas regras do jogo, nenhum projeto envolvendo seres humanos poderá ser feito sem o conhecimento dos comitês de ética e pesquisa -todos multidisciplinares-, que já mobilizam cerca de 1.200 pessoas em instituições. Partindo da idéia de que a evolução do conhecimento tem de beneficiar os homens -e não o inverso-, ele aposta que os abusos ao longo da história não vão ter hora nem vez na virada do milênio. * O que não pode ser clonado? O que não tem justificativa ética. Quem merece um estudo científico? Tudo e todos -em princípio. Quais princípios a evolução não muda? Sermos todos formados por DNA. O que merece um tubo de ensaio? Tudo que suscita perguntas. Qual o pior atentado contra o ser humano? Aquele que é à dignidade. O que vale uma pesquisa ampla, geral e irrestrita? A responsabilidade ética da mídia. Quem é cobaia e não sabe? Às vezes, nós todos, nas mãos de alguns economistas. É possível usar sem abusar? É só fazer reflexão crítica sobre valores -e não se deslumbrar. Drama de consciência é... Não impedir violação de direitos humanos. O que precisa de intervenção cirúrgica? Hipocrisia, violência, desemprego e fome. O que não dá para quantificar? Honestidade, amor e -claro- a paixão pelo Corinthians. Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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