São Paulo, segunda-feira, 18 de agosto de 1997 |
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Itália é a civilização num país
CARLA ARANHA SCHTRUK
Sim, há pelos menos dois países na península de 301.262 km2, espremida entre o Adriático e o Tirreno. E note que as diferenças entre um e outro não são poucas. Você pode optar, por exemplo, pelo país onde o serviço em bares e restaurantes pode levar mais de uma hora -sem contar a outra meia hora necessária para a conta finalmente chegar à mesa-, o trânsito muitas vezes é caótico, e a pizza, nem tão boa assim. Se essa for sua escolha, prepare-se também para se queixar, e muito, do tempo gasto em filas e do atendimento pouco caloroso nas lojas. Mas não se esqueça: há outra Itália, decorada por ninfas de Sandro Botticelli (1445-1510) e esculpida pacientemente ao longo dos séculos por Michelângelo (1475-1564), Gian Lorenzo Bernini (1598-1680) e tantos outros. É o país que também está estampado no desconhecido que se oferece para apanhar suas malas na estação de trem, nas cenas públicas de amor, nas noites mágicas de Veneza e na água eterna que brota das fontes romanas. Nessa Itália, que guarda um terço do patrimônio artístico mundial, você vai descobrir que é uma dádiva ter tempo suficiente em restaurantes e cafés para se deliciar com saladas de frutos do mar, espaguetes à carbonara e tartufos. E, sabendo que o país concentra nada menos do que 200 cidades de grande interesse artístico, talvez até o ruído incessante de motos e carros, permanentemente misturado ao burburinho das ruas, lhe pareça um pouco mais leve. Mas, se essa não for a sua opção, ainda assim há uma provável solução. Repita mentalmente a expressão "free shop" todas as vezes em que as férias ameaçarem lhe tirar do sério. E boas compras. LEIA MAIS sobre a Itália nas págs. 7-2 a 7-12 Próximo Texto: Todos os caminhos levam à eterna Roma Índice |
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