São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 1997 |
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Deputado tem flat, mas recebe auxílio
LUIZA DAMÉ
"Comprei o flat com o meu dinheiro", afirmou. Segundo ele, o auxílio da Câmara é usado para cobrir as despesas de condomínio, alimentação e higiene. "Eu pago R$ 650 de condomínio. Com o resto, eu mando lavar roupa, como, bebo e durmo", disse. "O dinheiro é meu e eu faço o que quiser com ele. Posso até distribuí-lo na porta da igreja para os pobres", completou. Apolinário comparou o seu procedimento com o adotado por outros parlamentares. 'Despesa de casa' "Outros deputados fazem o mesmo. Eles se reúnem em grupos de dois ou três, um pega o apartamento da Câmara, e os outros o auxílio-moradia. Com o dinheiro do auxílio, eles pagam a despesa de casa", afirmou. "Isso é honesto?", questionou. Para o deputado, se há algo errado, não é a sua atitude, mas o sistema adotado pela Câmara. "O que eu faço não é errado. Tem que meter o pau no sistema todo." Pelo sistema adotado pela Câmara, os deputados podem morar num apartamento funcional, receber o ressarcimento do aluguel até R$ 3.000, comprovado em recibo, ou R$ 2.250 de auxílio-moradia. "Eu poderia ter comprado um apartamento em São Paulo, ter alugado esse apartamento e pedido para a Câmara pagar o meu aluguel em Brasília. Aí ficaria honesto, não é?". Texto Anterior: Deputado terá de provar pagamentos Próximo Texto: ACM critica aumento de verba Índice |
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