São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 1997
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"Não cometi nenhum crime"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

"Não cometi nenhum crime nem estou escondido. A ação do Banco Central acaba me obrigando a passar por bandido", disse ontem o senador José Eduardo de Andrade Vieira (PTB-PR).
O ex-controlador do banco Bamerindus reagiu com irritação à decisão do BC de estornar os recursos que haviam sido liberados por uma decisão judicial.
"Isso, para mim, é crime. Não estou cometendo ato ilegal ou abusivo. Estou no exercício do meu direito", afirmou.
Andrade Vieira disse que o BC está tentando denegrir sua imagem, vazando as informações da sua conta bancária, "que deveria estar sob sigilo bancário". Segundo ele, a ação do Banco Central tem um cunho apenas político.
Ele disse que vai consultar seus advogados para ver se é possível entrar com uma ação contra o BC por abuso de exercício de poder.
Ao saber do estorno do dinheiro, o senador pegou um avião para Curitiba. "Não vim de jatinho, vim de Transbrasil. E não fiz nada na calada da noite, como eles. Acho que ordem judicial é para ser cumprida, e não para ser discutida", disse, referindo-se à liminar obtida na Justiça Federal em Brasília que permitia a transferência do dinheiro do Paraná Banco para uma de suas empresas.
Na sua opinião, o Congresso não deveria se preocupar com uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o sistema financeiro, mas sim com uma CPI para o Banco Central.

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