São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 1997
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Visita de João Paulo 2º atenua embargo dos EUA a Cuba

Norte-americanos terão permissão de viajar para a ilha

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O governo dos EUA pretende suavizar o embargo econômico que impõe a Cuba há 34 anos durante os cinco dias da visita do papa João Paulo 2º ao país em 1998.
A restrição a viagens de cidadãos dos EUA a Cuba será atenuada para que católicos possam homenagear o papa. Um porta-voz da Casa Branca, Barry Toiv, disse que nada na lei será alterado ou violado.
Pela lei atual, podem receber autorizações para viajar a Cuba jornalistas e pessoas que participem de intercâmbios educacionais ou religiosos. Viajar sem permissão implica multa de até US$ 55 mil.
Diversas entidades religiosas querem autorização para enviar a Cuba faxes, telefones, computadores e aparelhos telefônicos que seriam necessários para o evento.
Cuba e a Igreja Católica melhoraram relações. Pessoas religiosas podem agora pertencer ao Partido Comunista Cubano. Em julho ocorreu em Havana primeira missa ao ar livre em 35 anos.
O embargo a Cuba começou em 1963, após a "crise dos mísseis" (descobriu-se que a União Soviética instalara em Cuba mísseis nucleares direcionados aos EUA).
Durante o governo de Bill Clinton, houve sinais de degelo: ligações telefônicas foram restabelecidas, aumentou a quantia de dinheiro que cubanos podem remeter dos EUA para parentes em Cuba, a TV CNN instalou uma sucursal em Havana, entidades científicas cubanas tiveram permissão para receber aparelhos eletrônicos.
Em 1996, Clinton sancionou a Lei Helms-Burton, após avião civil norte-americano ser derrubado. A Helms-Burton prevê punições para empresas estrangeiras que invistam em Cuba.
(CELS)

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