São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 1997
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Arafat se reunirá com Hamas

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, manterá hoje negociações para a "unidade nacional" com grupos islâmicos radicais.
A medida é uma "reação à falência das relações com esse estranho (Binyamin) Netanyahu e à punição coletiva imposta a nós", disse o ministro do Abastecimento da ANP, Abdel-Aziz Chaheen.
Depois do atentado de julho em Jerusalém (que matou 16 pessoas), o premiê israelense determinou o bloqueio aos territórios controlados pelos palestinos e congelou a remessa de fundos à ANP.
As sanções vêm sendo relaxadas, mas a ANP diz que as medidas são insuficientes. Netanyahu exige que Arafat dê provas da luta contra os extremistas antes que as sanções sejam levantadas por completo.
Os palestinos rejeitam a pressão. "A união nacional é uma recusa às tentativas de Israel de transformar Arafat em um subalterno", disse Chaheen. O ministro afirmou que as negociações não significam uma "conciliação com o terror". "A prioridade será lutar contra as pressões de Israel e dos EUA, que pretendem destruir a infra-estrutura do movimento islâmico."
O Egito, o primeiro Estado árabe a assinar um acordo de paz com Israel, saiu em defesa da ANP. O país vai transferir aos palestinos US$ 10 milhões.

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