São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 1997 |
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Turismo SP-Rio fica 50% mais barato
FERNANDA DA ESCÓSSIA
O acordo foi assinado ontem entre os prefeitos do Rio, Luiz Paulo Conde (PFL), de São Paulo, Celso Pitta (PPB), e representantes da indústria hoteleira, das agências de viagens e das empresas aéreas que oferecem os vôos da ponte. Quem comprar a passagem no balcão das empresas aéreas, sem passar pelas agências de viagem ou pela rede hoteleira, terá desconto de 40%. Se decidir se hospedar em hotéis, poderá apresentar a passagem e conseguir desconto de 50%. A promoção é válida de 7h15 de sábado -quando sai o primeiro vôo da ponte aérea- até 19h de domingo. O preço da passagem de ida e volta cai de R$ 330,18 para R$ 165,09. Os vôos entre 19h e 22h de domingo permanecem com preço normal. A expectativa é que, com o desconto, o número de passageiros na ponte aérea entre os aeroportos Santos Dumont e Congonhas aumente até 40%. No mês de julho, a média diária de passageiros foi de 4.758 pessoas. As empresas Varig, Vasp e Transbrasil operam na ponte aérea. Durante a semana, a média de ocupação dos vôos é de 80%. A média cai para 55%, aos domingos, e 35%, aos sábados. Segundo os prefeitos Conde e Pitta, a adesão da rede hoteleira das duas cidades foi de 95%, incluindo hotéis de luxo. Os hotéis do Rio tinham a proposta de promoções diferenciadas, mas aderiram ao índice de 50%. O desconto foi concedido em caráter experimental até o primeiro dia de março. O período promocional inclui quase todo o verão (dezembro, janeiro e fevereiro), além do Carnaval. Ao final de fevereiro, os envolvidos no projeto vão fazer uma pesquisa de mercado para avaliar os resultados da promoção e estudar se ela será ou não renovada. O projeto de desconto estava em estudo havia pelo menos três meses. A dificuldade era desatrelar o desconto da obrigatoriedade de compra do pacote turístico com hotel na agência de viagem, o que acabou sendo acertado na reunião de ontem. Com o anúncio de um reajuste de 10% concedido anteontem pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) aos aeroviários, temeu-se que as empresas aéreas recuassem do acordo, o que não aconteceu. O reajuste é retroativo a dezembro. O presidente da Varig, Fernando Pinto, disse que o desconto trará benefícios às empresas e que o reajuste concedido pelo TST não será repassado para as passagens. "Mesmo tendo sido uma decisão do TST, vamos recorrer. As empresas aéreas acordaram hoje com um prejuízo de R$ 80 milhões. Acho que este reajuste ameaça a estabilidade da moeda." Próximo Texto: O que muda com o pacote da ponte aérea Índice |
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