São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 1997
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Extremos brasileiros

CARLOS SARLI

Kelly Slater perdeu no último domingo, em Lacanau, França, sua primeira final no WCT 97. É a sua segunda derrota consecutiva em finais do Circuito Mundial de Surf 97, já que na semana anterior havia sido derrotado diante de sua torcida na final da 29ª etapa do WQS, o US Open, disputado em Huntington, Califórnia.
Inferno astral? Nada. Sua primeira derrota na divisão principal neste ano tem como contrapeso quatro etapas nas quais a conjunção dos astros o favoreceram. São quatro vitórias, um segundo e dois nonos nas sete etapas até aqui realizadas.
Considerando que a partir da décima etapa, alguns resultados poderão ser substituídos, apenas nove dos 12 serão computados, sua posição é ainda melhor que os quase 2.000 pontos que o separam de Ochiluppo, o segundo no ranking.
Outro aspecto a ser destacado é que Slater hoje é o alvo de todos os competidores no Tour. Vencê-lo é valorizar o passe, inflar o ego e garantia de fama instantânea. Poucos o fizeram em finais. Entre os brasileiros, o único foi Teco Padaratz, lá mesmo, na França, em 94, quando seu back side funcionou como nunca em Hossegor.
Falando em Padaratz, Neco até aqui faz uma das melhores estréias que o WCT já viu. Em Lacanau, perdeu apenas para o campeão Shane Powell, garantindo um terceiro lugar que o coloca como o melhor brasileiro da temporada, no oitavo posto.
Na ponta oposta dos novatos, sem considerarmos Fabio Silva, que estreou na França e deve aproveitar as etapas que restam para se preparar para 98, aparece o baiano Armando Daltro, 42º e penúltimo colocado.
Quanto aos outros cinco brasileiros, a exceção de Peterson Rosa (15º), que faz uma excelente temporada também no WQS, as próximas três etapas na Europa serão decisivas para chegar aqui ao Brasil, na penúltima etapa, com chances de se garantir para 98.

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