São Paulo, sexta-feira, 22 de agosto de 1997 |
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Ato do tribunal faz atleta 'virar casaca'
MARCELO DAMATO
A decisão põe fim a uma guerra de contratos iniciada em novembro do ano passado, quando o jogador foi vendido pelo Bragantino ao Lousano Paulista, de Jundiaí. O Bragantino vendeu Kelly e os meias Maurinho e Edilson para pagar suas dívidas. Na época, estava sob o comando de Jesus Abi Chedid, irmão e desafeto do deputado estadual Nabi Abi Chedid. No mês seguinte, o grupo de Nabi assumiu e contestou a legalidade do negócio. O caso até chegou à polícia (leia texto abaixo). Em janeiro, o presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Eduardo José Farah, deu ganho de causa ao Paulista. Em seguida, Kelly foi emprestado ao Logroñes, da Espanha. No semestre passado, o Bragantino foi à Justiça Desportiva para tentar anular a venda, alegando falta de pagamento. No julgamento, o Lousano concordou em revender o jogador por R$ 1 milhão. O Bragantino recuperou esse valor dias depois, vendendo metade do passe do jogador ao Flamengo. Mas o acerto desrespeitou o empréstimo feito pelo Lousano ao Atlético-PR até o fim deste ano. Por isso, o clube paranaense foi à Justiça esportiva reclamar o jogador. O STJD aceitou a tese e determinou que Kelly fique no Paraná até o fim do ano e em 1998 volte em caráter definitivo para o Flamengo -onde, aliás, já está Maurinho. Para dar condição de jogo a Kelly pelo Atlético-PR, o STJD considerou que ele assinara de boa-fé os contratos com ambos os times e anulou a sua participação no jogo pelo Flamengo contra o Vasco. O STJD havia proibido que o jogador atuasse naquela partida, mas o clube não foi avisado a tempo porque a CBF estava fechada. Texto Anterior: Anteontem Próximo Texto: Lateral André volta para o Corinthians Índice |
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