São Paulo, sábado, 23 de agosto de 1997![]() |
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Município deve pagar R$ 2.100 a famílias de favela incendiada Desabrigados da Nova Califórnia vivem em barracas LUCIANA SCHNEIDER
São cerca de três famílias, com até seis pessoas cada, morando em um mesmo barraco. Até ontem não havia água nem luz no local. Um banheiro improvisado foi instalado na manhã de ontem. Benedito Roberto Barbosa, coordenador da União dos Movimentos de Moradias de São Paulo, disse que já esteve reunido com a Secretaria Municipal da Habitação, que só poderá pagar R$ 2.100, em dois meses, para cada família. Conversa péssima "A conversa foi péssima. A quantia é muito pequena para quem só tem a roupa do corpo", explica Barbosa. A assessoria da Secretaria Municipal da Habitação disse à Folha que o valor é só uma ajuda de custo que o TCM (Tribunal de Contas do Município) sempre concede em casos de emergência. Representantes da união dos movimentos também se reuniram ontem à tarde com o secretário estadual da Habitação, Dimas Ramalho. Até as 19h de ontem a reunião ainda não havia acabado. Terra e calor "Não tem cabimento a prefeitura deixar a gente aqui: na terra, sem água e banheiro", diz Quitéria Barbosa da Silva, 27, que perdeu tudo, inclusive os documentos, no incêndio. Segundo ela, seus três filhos estão doentes, com tosse, porque são alérgicos à poeira. Rosângela Fernandes de Moraes, 18, também perdeu tudo no incêndio. Ela diz que as roupas e alimentos que possui foram doados pelos vizinhos. Para Rosângela, o maior problema é o calor que faz dentro das barracas de lona. "Meus filhos chegam a passar mal aqui dentro (da barraca). Além disso, eles ficam sempre sujos devido à terra." Texto Anterior: Levantamento consultou 72% dos alunos Próximo Texto: Acidente entre caminhão e ônibus mata 2 e fere 12 no RJ Índice |
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