São Paulo, sábado, 23 de agosto de 1997
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Edmundo racista?

JUCA KFOURI

Para que fique bem claro e não dê falsas impressões: esta coluna está de acordo no essencial em relação ao projeto de lei do ministro Pelé.
Diverge, às vezes, na forma do encaminhamento e avalia que a legislação em vigor, se aplicada, daria conta de boa parte do que está no projeto, como Zico defende.
O que, no entanto, não invalida a correção fundamental dos princípios nele contidos, com o que Zico concorda.
Mais importante, esta coluna está convencida também de que só haverá mudanças substantivas no futebol brasileiro a partir do momento em que a opinião pública se mobilizar para as exigir.
Como está convencida de que o debate é salutar quando não esconde segundas intenções. E Zico não as tem.
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Por falar em Pelé, a revista "Trip" descobriu em Santos um tesouro que virá à luz na semana que vem.
Fotos do Rei, quando ainda príncipe, logo que chegou à Vila Belmiro, além de outras também inéditas, feitas por dois veteranos fotógrafos da cidade, os irmãos Herrera.
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Santos, Corinthians e Guarani têm motivos para reclamar das arbitragens na rodada que passou.
O Santos só não ganhou do Juventude porque teve contra si um pênalti inexistente que nasceu de um impedimento.
O Corinthians só não empatou com o Atlético-PR (no jogo do um-zero-zero contra os 25 mil) porque teve um gol mal anulado no finzinho.
E o primeiro gol da primeira vitória do Fluminense contra o Guarani foi fruto de uma bola na mão igualzinha à acontecida meio segundo antes com o próprio atacante tricolor carioca.
O curioso é que os três resultados foram justos, o que não atenua os erros de arbitragem, mas já levanta uma suspeita: até que ponto a briga entre Rico Terra e Eduardo Farah, entre a Casa Bandida e a Federação Palhaça de Futebol poderá prejudicar os clubes de São Paulo?
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Beneficiado por jogar cinco vezes seguidas no Rio, o Vasco disputou seis pontos fora e só ganhou um.
E perdeu Edmundo para o jogo de amanhã contra o Santos na Vila Belmiro.
Edmundo, diga-se de passagem, de racista não tem nada. É apenas o que é -ignorante, destemperado e extremamente necessitado de tratamento psicológico.
Que os nordestinos não percam tempo com ele.

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