São Paulo, domingo, 24 de agosto de 1997![]() |
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Para grupo rival, MSTR prejudica a reforma agrária
RUBENS VALENTE
Para Brunetto, a organização dos trabalhadores rurais sem terra ligados aos sindicatos tende a diminuir, ou até acabar, quando ocorre o assentamento. "O MST entende que a luta por um lote para determinado número de famílias é apenas um elemento do objetivo maior, que é a reforma agrária, a justiça no campo", explica ele. Segundo o diretor nacional do MST, a falta de um "horizonte mais comprometido" para o MSTR evita a criação de um movimento forte. Interferência Brunetto afirma que os acampamentos ligados aos sindicatos, por não contarem com critérios rigorosos de seleção e vigilância como os do MST, sofrem interferência de políticos, especialmente de prefeitos e vereadores. "O acampamento acaba virando um objeto de disputa eleitoral", afirma Brunetto. "O MST, ao contrário, quebra essa estrutura municipalista." Para Brunetto, está claro que o Estado tem procurado outros interlocutores com o objetivo de "esvaziar o MST". Sobre os métodos empregados pelo MST e criticados pelos líderes do MSTR, como as invasões de fazendas, os bloqueios de rodovias e os saques, Brunetto diz que a entidade procura "todas as formas de pressão" para acelerar a reforma agrária. Ele afirma ainda que os sindicatos já realizaram várias ações desse tipo no Estado, como na fazenda Sul Bonito, invadida sete vezes. Texto Anterior: Movimento vai usar pomba como símbolo Próximo Texto: Mais nervosismo no câmbio Índice |
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