São Paulo, domingo, 24 de agosto de 1997
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Lar, doce lar; Aos montes; Em expansão; Tomando ar; Com proteção; Gato por lebre; Fora da balança; Efeito eleitoral; De vento em popa; Malabarismo público; Tudo azul; No varejo; Fazendo festa; Na dúvida; Mesma moeda; Gato escaldado; Recordar é viver; Bons tempos

Lar, doce lar
Para o ministro Antonio Kandir, "estamos vivendo a terceira onda" de consumo: a das moradias. A primeira foi dos alimentos e a segunda, dos eletroeletrônicos.

Aos montes
A liberação de cartas de crédito explodiu. No primeiro semestre de 96, foram 1.400 por mês em média. Somente em junho passado foram liberadas 30 mil.

Em expansão
A compra de máquinas pela indústria da construção cresceu 26% no primeiro trimestre e 32% no segundo -sempre contra igual período de 96.

Tomando ar
Kandir diz que o SFI vai permitir que parte do estoque de dívida existente, desde que obedeça a certos padrões, também seja securitizada. "As empresas vão ganhar um novo oxigênio."

Com proteção
Kandir diz que, com o SFI, será obrigatório o oferecimento de seguro de performance. "Na hipótese de surpresas (como a Encol), o mutuário estará garantido."

Gato por lebre
De um banqueiro, sobre o caso Encol. "Pensavam que estavam financiando um imóvel. Mas financiavam mesmo era a Encol."

Fora da balança
A criação de um novo sistema financeiro para o setor de habitação (o SFI) torna possível o crescimento de um setor de investimento que emprega um grande número de trabalhadores e não depende de importações, diz o ING Barings.

Efeito eleitoral
Para o banco, o SFI vai beneficiar a classe média: "ela foi menos favorecida pela distribuição de renda no início do Plano Real e é um pouco mais crítica frente a FHC do que os de renda mais baixa."

De vento em popa
O presidente da Apeop (que reúne as construtoras de obras públicas), Paulo Godoy, aposta no crescimento de 20% do setor de agora até o final de 98.

Malabarismo público
Para ele, o efeito "gangorra" -investimento em obras antes das eleições que, depois do pleito, são paralisadas- deve ser minimizado. "Acabou a festa dos bancos estaduais e dos títulos, com o escândalo dos precatórios. Não há muito espaço para mágicas."

Tudo azul
A rentabilidade de 110 empresas privadas de capital aberto passou de 2,1% no primeiro semestre de 96 para 6,1% no período em 97, diz levantamento da Austin Asis.

No varejo
"A receita líquida cresceu 18% em termos reais", diz Erivelto Rodrigues, da Austin Asis. O comércio, com rentabilidade de 16,2%, teve o melhor desempenho. O pior: construção e engenharia (rentabilidade negativa de 3,3%).

Fazendo festa
Sérgio Magalhães, da Abimaq/Sindimaq, está otimista com o fim da isenção de impostos na importação de máquinas. Acredita que a produção interna cresce US$ 2 bilhões no segundo semestre. No primeiro, caiu de US$ 7,2 bilhões, em 96, para US$ 6,8 bilhões, em 97.

Na dúvida
Para o mercado, daqui para a frente, as ondas de nervosismo com a política cambial tendem a ser mais constantes. No mínimo, porque podem ser lucrativas.

Mesma moeda
Convicção de um analista de banco: o Brasil vai adotar o regime de flutuação do câmbio se tudo o que o governo fizer der certo ou se, ao contrário, der tudo errado.

Gato escaldado
Faltando seis dias, o déficit comercial de agosto está em US$ 82 milhões. Os analistas projetam déficit ao redor de US$ 600 milhões.

Recordar é viver
Omar Carneiro da Cunha, da AT&T, mostra nas suas apresentações uma nova transparência com foto do primeiro telefone, testado em 1876 nos EUA por D. Pedro 2º.

Bons tempos
Cunha conta que D. Pedro 2º exclamou, surpreso, ao testar o telefone: "Isso fala!". "Na época, falava. Hoje, muitos não falam", diz Cunha, referindo-se à Telerj. O Rio é alvo da AT&T na banda B.

E-mail: painelsa@uol.com.br

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