São Paulo, segunda-feira, 25 de agosto de 1997 |
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Míssil é encontrado na favela da Mangueira
AURÉLIO GIMENEZ
A apreensão do míssil surpreendeu o tenente-coronel Décio Sampaio Coruba, comandante do 4º BPM (Batalhão de Polícia Militar), em São Cristóvão (zona norte). "É a primeira vez que encontramos algo semelhante na cidade. Não é uma munição convencional, é uma arma de guerra. Ela pode destruir uma viatura ou um helicóptero", afirmou Coruba. Segundo ele, a munição apreendida na favela da Mangueira é conhecida nas Forças Armadas como míssil curto de lança rojão. Além do míssil, a polícia apreendeu ainda dois fuzis AK-47, sete carregadores de munição e oito granadas. Todo o material arrecadado só pode ser usado pelas Forças Armadas. Também foram achadas munições para calibre 7.65 e um livro sobre armas. Segundo a PM, o armamento foi deixado por traficantes que trocavam tiros com policiais. As armas e munição estavam sobre a laje de uma casa, localizada na parte alta do morro da Mangueira, conhecida como Campinho. Bazuca O comandante disse que a bazuca não foi encontrada. Para ele, a arma deve estar em algum morro da cidade. "Por analogia, se existe a munição, deve haver o armamento também", afirmou. Coruba disse que vem realizando diversas operações na Mangueira, para combater o tráfico de drogas. Segundo ele, a venda de entorpecentes na favela é comandado por Magno Fernando Tatagiba, o Magno da Mangueira. "Na Mangueira, a situação anda calma, mas Magno tem conquistado vários morros na cidade, daí a necessidade de mais armas", disse o comandante. Magno da Mangueira é o principal traficante em atividade no Rio, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Cerca de 50 favelas estariam sob o controle do suposto "chefão". Texto Anterior: Tratamento foi interrompido Índice |
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