São Paulo, segunda-feira, 25 de agosto de 1997 |
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Cai última resistência a golpista Hun Sen ocupa cidade DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Tropas leais a Hun Sen, co-premiê e homem forte do Camboja, tomaram ontem a cidade de O'Smach, no noroeste do país, perto da fronteira com a Tailândia.A cidade era a última área que ainda estava sob controle das forças monarquistas leais ao príncipe Norodom Ranariddh, deposto por Hun Sen em julho. Fontes militares tailandesas disseram à agência "Reuter" que a cidade foi tomada pelas tropas de Hun Sen na manhã de ontem, após intensos combates durante a noite. Segundo testemunhas, um comando composto por 50 soldados das forças leais a Ranariddh fugiu para a selva e foi perseguido por soldados de Hun Sen. As tropas monarquistas estariam desfalcadas de seu líder, o general Nhiek Bun Chhay, que teria atravessado a fronteira tailandesa durante a última semana para receber cuidados médicos. Parte das forças escapou em veículos, e parte, a pé, aparentemente se dirigindo para Anlong Veng, cidade na fronteira com a Tailândia controlada pelos guerrilheiros do Khmer Vermelho, que também lutam contra Hun Sen. Próximo passo O próximo objetivo do governo liderado por Hun Sen deve ser tomar Anlong Veng. "Destruiremos todas as forças anarquistas", declarou ontem o co-ministro da Defesa, Tea Bahn. "Anlong Veng será nosso próximo passo." A disputa pelo controle do noroeste do Camboja começou depois que o co-premiê Hun Sen liderou um golpe contra o premiê, o príncipe Ranariddh, em Phnom Penh, em 6 de julho. Os dois dividiam um governo de coalizão constituído a partir das eleições realizadas em 1993 sob supervisão das Nações Unidas. Hun Sen justificou o golpe alegando que Ranariddh teria permitido a entrada de tropas do Khmer Vermelho na capital. Ranariddh nega as acusações. Ele declarou, numa entrevista na quinta-feira, que o Khmer Vermelho já não é mais uma ameaça desde que recusou a liderança de Pol Pot, responsável por um regime de terror que exterminou mais de 1 milhão de cambojanos. Desde o início dos combates na região, mais de 21 mil cambojanos abandonaram O'Smach e buscaram refúgio do outro lado da fronteira, na cidade tailandesa de Chong Chom. Analistas políticos em Phnom Penh consideram que a queda dos monarquistas não implica necessariamente o fim dos combates no Camboja. Texto Anterior: Israel altera projeto de obra Próximo Texto: EUA mudam política de apoio militar a Angola Índice |
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