São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 1997 |
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Universitária é acusada de roubo a banco
OTÁVIO CABRAL
A prisão aconteceu em um bar na rua da casa de Tânia, no Jabaquara (zona sudoeste de São Paulo), na noite de sexta-feira. Em seu depoimento à polícia, Tânia, conhecida como a "loira da zona sul", confessou a participação em apenas um assalto: ao Sudameris do Itaim Bibi (zona sudoeste), no dia 24 de julho, quando foram roubados R$ 28 mil. Mas, segundo o delegado Ruy Ferraz Fontes, titular da Delegacia de Roubo a Bancos, a polícia suspeita da participação de Tânia em outros quatro assaltos, que teriam sido gravados pelos circuitos internos de TV dos bancos. Em entrevista, a estudante de direito negou que tenha cometido qualquer crime. "Eu nunca roubei nada de ninguém", declarou. A família Filha de um advogado e de uma dona-de-casa, Tânia tem um Fiat Tipo 96 e mora com a família em uma casa ampla no Jabaquara. Desde o início do ano, ela trabalha como estagiária no escritório do pai, no mesmo bairro. Para a polícia, a acusada disse ter sido convencida a assaltar pelo namorado, que também seria estudante. Sua família não sabia que ela seria assaltante. Seu pai, Vanderlei Ungefehr, passou mal quando soube que a filha havia sido presa e precisou ser internado. Há duas semanas, Tânia esteve na Delegacia de Roubo a Bancos, durante depoimento de um cliente de seu pai, que está preso acusado de assalto. Mas, mesmo já sendo procurada, ela não foi reconhecida por nenhum policial. Segundo Fontes, Tânia tingiu o cabelo de loiro para cometer o assalto e depois o pintou de castanho, para não ser reconhecida. A polícia conseguiu chegar a Tânia após ela ter esquecido um bip na agência do banco Sudameris. Pelo cadastro de clientes da empresa de mensagens, o delegado Fontes conseguiu o nome e o endereço da estudante, que foi presa quando entrava em um bar. Mulheres Segundo o delegado, a quadrilha supostamente chefiada por Tânia teria assaltado a agência do banco Cidade no Butantã (zona sudoeste), na semana passada, quando um sargento da PM foi morto ao tentar impedir o roubo. Para Fontes, a participação de mulheres em assaltos a banco vem crescendo. "As mulheres entram com as armas na agência, pois têm mais facilidade para convencer os seguranças a liberar a porta com detector de metal", afirmou. Texto Anterior: Calor e falta de chuva castigam Brasília Próximo Texto: Estudante levava armas Índice |
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