São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 1997
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Ministério coordena negociação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A negociação coordenada pelo Ministério da Justiça para evitar a falência tradicional da Encol tem mais oito dias para ser concluída.
Neste prazo, a Vara de Falência e Concordatas do Distrito Federal terá de se pronunciar sobre um dos mais de oitenta processos movidos contra a construtora.
Ontem à noite, o ministro Iris Rezende (Justiça) disse que não estava descartado o risco de falência tradicional da empresa. Ele espera fechar até hoje de manhã uma proposta preliminar de acordo que garanta o funcionamento da Encol até o término das obras.
"Ainda há muitos obstáculos", afirmou o ministro. Entre os obstáculos, Iris Rezende citou as dívidas da Encol junto à Receita Federal e INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Rezende disse que a proposta de a CEF (Caixa Econômica Federal) e o BB (Banco do Brasil) financiarem os mutuários -autorizada pelo governo- não resolve o problema.
A ajuda financeira do governo à Encol deverá se limitar ao financiamento dos mutuários. As denúncias de fraudes e desvio de dinheiro na construtora levaram FHC a descartar qualquer hipótese de salvar a empresa. A Encol já estava sob intervenção, em fevereiro, quando o BB emprestou R$ 2,7 milhões.
No caso de falência tradicional, o patrimônio da Encol seria suficiente apenas para cobrir as dívidas trabalhistas e fiscais da construtora, segundo o governo.

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