São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 1997
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Restos de computador viram bijuterias

DAVID HOPKINS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O grupo Arte Cyber vem dando uma nova função à sucata eletrônica que prolifera nas assistências técnicas de PCs, transformando componentes velhos, como chips e placas de computador, em acessórios e jóias cibernéticas.
São anéis feitos com teclas de micro, pingentes com processadores 286, brincos com placas de circuitos, porta-retratos e porta-incensos, usando leitores de disco.
O grupo é formado por cinco estudantes de arquitetura da USP (Universidade de São Paulo), que se reuniram para explorar a idéia de virar a tecnologia do avesso, desmistificar o chip no interior do PC, jóia descartável do mundo de hoje, e usá-lo como adorno.
Reciclagem
"O silício e o metal dos chips não são biodegradáveis, além disso seria muito mais caro separar os materiais do que tentar reciclá-los", diz Maria Rita, 22, que junto com seus colegas desmonta as placas de micro na marcenaria da FAU (Fac. de Arquitetura e Urbanismo).
O processo criativo do grupo é simples: "Pegamos os componentes e tentamos achar a sua nova vocação", explica Fábio Ferraz, 20, que juntou-se ao grupo há um mês para ajudar na montagem das mais de cem peças expostas na feira anual da Vila Madalena, no domingo retrasado.
Na feira, chamavam atenção para sua banca com frases como "Dê um upgrade no seu visual" ou "Vendemos superchips".
Os preços são compatíveis com os de bijuterias comuns. Os "teclanéis" e os brincos custam R$ 3; os pingentes, R$ 7. Informações: tel. (011) 883-0484 (com Rita).

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