São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 1997
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Prefeito é preso por ligação com tráfico

Ex-ministro da Educação é condenado

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Mauricio Guzmán, prefeito de Cali (oeste da Colômbia), foi detido ontem. Ele é acusado de enriquecimento ilícito relacionado com o narcotráfico. Outro importante político do país, o ex-ministro Manuel Becerra, foi condenado à prisão pelo mesmo crime.
Segundo autoridades colombianas, o prefeito recebeu o equivalente a US$ 175 mil dos chefes do cartel de Cali para sua campanha à prefeitura em 1994.
Guzmán se entregou ontem mesmo à polícia e deve ficar detido por ao menos 240 dias -prazo de que dispõem as autoridades para decidir se o acusam formalmente ou o libertam.
O prefeito negou as acusações. "Tenho convicção de que irei provar ser inocente", afirmou em comunicado divulgado ontem.
Também em Cali, uma corte condenou o ex-ministro da Educação Mauricio Becerra, detido desde 1995, a 5 anos e 10 meses de prisão por ter recebido o equivalente a US$ 300 mil de narcotraficantes. O advogado do ex-ministro anunciou que apelará da sentença.
Guzmán e Becerra foram processados após seus nomes terem aparecido em uma lista de pagamentos feitos pelo cartel de Cali a dezenas de políticos.
Em 1994, a polícia encontrou o documento com o então tesoureiro do cartel, Guillermo Pallomari (que está nos Estados Unidos testemunhando contra o chefões do narcotráfico).
Dezenas de deputados e políticos colombianos foram presos nos últimos anos acusados de receber dinheiro do narcotráfico.
Entre os condenados estão os três principais executivos da campanha eleitoral vitoriosa do presidente Ernesto Samper em 1994 -Fernando Botero, Juan Manuel Avella e Santiago Medina.
O próprio presidente colombiano chegou a sofrer processo de impeachment em 1995. Samper, que acabou sendo absolvido pelo Congresso, era acusado de haver recebido US$ 5 milhões do narcotráfico para sua campanha presidencial, em 1994.

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