São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 1997 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Saúde compra vacina contra sarampo
DA SUCURSAL DO RIO O ministro da Saúde, Carlos Albuquerque, anunciou ontem a compra de 16 milhões de doses de vacina contra sarampo para serem usadas no combate à doença no país. A compra será feita, segundo o ministro, em outubro ou novembro.As novas doses vão se somar a uma reserva de 6 milhões de doses da vacina já à disposição do ministério e a mais 7 milhões de doses compradas no início do ano, que chegarão em setembro. "Com isso, temos condições de cobrir a vacinação e garantir a demanda em todo o país até março do ano que vem", disse o ministro, que esteve ontem no Rio para o lançamento de uma cartilha de prevenção à Aids para presidiários. Albuquerque afirmou que só em São Paulo há "um início de epidemia" de sarampo e que no Rio existe apenas um surto. Ele descartou a possibilidade de que a doença se alastre para outros Estados. "Aqui os níveis de São Paulo não devem ser atingidos, porque o Rio aceitou de imediato o esquema de vacinação proposto pelo Ministério da Saúde desde o início do ano, e São Paulo só está começando agora", disse Albuquerque. Vacinação perifocal O modelo de imunização recomendado pelo Ministério da Saúde é, além da vacinação básica, para crianças de 6 meses a 5 anos, a vacinação perifocal, que imuniza todos os que conviveram com a pessoa contaminada. O ministro disse que o modelo de vacinação perifocal deve ser utilizado independentemente da idade e é recomendado pela Organização Mundial da Saúde. A vacinação perifocal também é chamada de vacinação de bloqueio, porque tenta manter a doença confinada em pontos fixos. Albuquerque afirmou que a vacinação perifocal já está em uso em muitos Estados e será difundida na campanha do mês de outubro. Ele descartou, porém, a hipótese de vacinação em massa. Segundo Albuquerque, uma reunião entre técnicos da área de saúde do ministério e da Organização Mundial da Saúde definirá os ajustes finais na sistemática de vacinação. "Existe um problema próprio do Brasil, como, por exemplo, a redução do número de crianças vacinadas em 92 e 95, mais em uns Estados, menos em outros. Mas o sarampo é um problema que afeta hoje a América Latina", disse. Rio O número de casos de sarampo vem aumentando no Rio desde junho. Segundo Gisele Couto, coordenadora de Epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde, até terça-feira havia 299 casos notificados e 52 confirmados. O Estado está em situação de alerta. Texto Anterior: Objetivo é globalizar nomes Próximo Texto: Ministro barra vacinação em massa Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |