São Paulo, sábado, 30 de agosto de 1997
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'Brasil em Ação' receberá R$ 6,2 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo deverá reduzir em R$ 849 milhões os recursos destinados no próximo ano aos projetos na área social e em infra-estrutura, em comparação com a previsão para 97.
Esses investimentos cairão de R$ 9,104 bilhões, conforme a previsão para este ano, para R$ 8,255 bilhões em 98.
Desse total, R$ 3,4 bilhões correspondem aos recursos que serão orientados para o programa "Brasil em Ação", conforme a proposta de Orçamento de 98 apresentada ontem pelo ministro Antonio Kandir (Planejamento).
No total, o Orçamento reservará R$ 6,2 bilhões para o "Brasil em Ação".
O programa, carro-chefe da campanha do presidente Fernando Henrique Cardoso para a reeleição em 98, ainda receberá R$ 2,8 bilhões referentes à manutenção e ao desenvolvimento de vários projetos.
O "Brasil em Ação" reúne 42 obras e projetos considerados prioritários pelo governo.
Mas os recursos para programas sociais considerados prioritários -os das áreas de educação, saúde, reforma agrária e assistência social- devem chegar a R$ 16,835 bilhões, cifra R$ 1,533 bilhão maior que a prevista para este ano.
No total, o investimento da União será de R$ 24,850 bilhões. Desse valor, R$ 8,353 bilhões serão gastos do orçamento fiscal da União, e outros R$ 16,497 bilhões, das estatais.
Segundo Amaury Bier, chefe da assessoria econômica do Ministério do Planejamento, os investimentos nas estatais deverão ser menores que os deste ano porque boa parte das empresas serão privatizadas.
"Não há razões para aumentarmos os investimentos nas estatais em 98. Vamos deixar que os futuros donos da Telebrás, por exemplo, decidam quais investimentos consideram mais adequados", disse.
A área de telecomunicações deverá receber investimentos de R$ 6 bilhões, o que equivale a 36,4% do total que o governo vai injetar em suas estatais.
A Telebrás, entretanto, deverá contabilizar o melhor resultado primário (receitas menos despesas) dentre as estatais -um superávit de R$ 4,402 bilhões no ano que vem.
A reprogramação orçamentária para este ano não prevê investimento maior que R$ 2,032 bilhões.

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