São Paulo, sábado, 30 de agosto de 1997
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O QUATRO

O QUATRO
O númer

O número quatro, na campanha constitucionalista, andou nas minhas pegadas.
Assim é que tive quatro chefes -Brasilio Taborda, Justino Alves Bastos, Penha Brasil e Djalma Ribeiro; (...) tive quatro alegrias -combater a cavalo e a descoberto, combater pelas liberdades humanas, combater por São Paulo, ter merecido a estima do general Taborda; tive quatro decepções -a prisão do coronel Arlindo de Oliveira, a fuga do capitão Candido Bravo, as inconsequências do doutor Cid de Castro Prado, a promoção de Sebastião do Amaral; tive quatro certezas -de haver agido com lealdade e dedicação, de ter exaltado heróis, de haver infundido coragem na tropa; tive quatro credos -haver honrado a vida militar, haver elevado o oficialato, haver me portado à altura da cavalaria, haver sido digno da minha terra; tive quatro ufanias -lutar independente, nunca haver corrido, haver cumprido à risca as missões recebidas, ser paulista pela graça de Deus; tive quatro fortunas -o sacrifício, o silêncio, a coragem, a perseverança; tive quatro verbos -zelar, marchar, vigiar, lutar; tive quatro esperanças -depor perante a história, vencer meus inimigos, dar o "Rio Pardo" à estima geral, ter fé no futuro.

Trecho de "Lembranças", diário do comandante Alfredo Feijó

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