São Paulo, domingo, 31 de agosto de 1997
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Recuperação dos preços começou em 1993

DA REPORTAGEM LOCAL

Os preços da energia elétrica começaram a ser recuperados em 1993, quando o governo autorizou aumentos reais nas tarifas de energia elétrica.
Entre março e novembro daquele ano, as distribuidoras e geradoras de energia puderam aplicar seis aumentos reais -as primeiras de 8% cada um e as segundas, de 8,7%.
"Foi um acordo intra-setorial. A lei 8.631, que reformou o setor elétrico, acabou com remuneração garantida das empresas e com a equalização tarifária (que previa reajustes iguais para todas as concessionárias). Em compensação, garantiu aumentos reais", afirma José Maurício Moura, gerente do Departamento de Planejamento Econômico, Financeiro e de Tarifas da Cesp (Companhia Energética de São Paulo).
Segundo ele, a tarifa de fornecimento da Cesp, por exemplo, saltou de R$ 34 para R$ 50 por megawatt-hora (MWh) de março a novembro de 93, ou seja, um reajuste de 47% no período.
Já a tarifa de suprimento -vendida às distribuidoras, como a Eletropaulo, por exemplo- passou de R$ 15 para R$ 33 o MWh -hoje, está em R$ 39,5.
Preços estáveis
"Após o Real, os preços se mantiveram relativamente estáveis", diz Moura.
Nos primeiros três anos do Real, a eletricidade subiu ligeiramente abaixo da inflação na cidade de São Paulo, conforme pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), da USP (Universidade de São Paulo).
Segundo o presidente da Eletropaulo, Eduardo Bernini, a intenção do governo federal é criar no futuro um mercado mais competitivo no setor elétrico, principalmente na geração de energia.
"O objetivo é impedir que a parcela de energia comprada seja simplesmente repassada ao consumidor. A idéia é que o distribuidor tenha acesso a um mercado mais competitivo e não fique na dependência de um único supridor", afirma.

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