São Paulo, domingo, 31 de agosto de 1997
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Acomodados duelam no Pacaembu

ARNALDO RIBEIRO
LUIZ CESAR PIMENTEL

ARNALDO RIBEIRO; LUIZ CESAR PIMENTEL
DA REPORTAGEM LOCAL

Corinthians e São Paulo, campeão e vice paulistas, têm desempenho medíocre no Nacional

Menos de três meses depois de decidirem o Campeonato Paulista, o campeão Corinthians e o vice São Paulo voltam a se cruzar pelo Campeonato Brasileiro em condição totalmente alterada.
Em 12 rodadas do torneio, o retrospecto dos times os coloca em uma posição intermediária na tabela de classificação, tendo o Corinthians já trocado de técnico e o São Paulo com Dario Pereyra em situação difícil no comando.
O Corinthians, além de Nelsinho Batista, perdeu Marcelinho, André e Túlio. Contratou Renaldo e Rincón, que ainda não jogaram, Edílson, com previsão de chegada em outubro, e conquistou 12 dos 27 pontos que disputou (44,4%).
A situação do São Paulo é ainda pior. Vendeu esta semana seu principal jogador, o meia Denílson. Já tinha perdido o volante Axel. Conquistou 13 dos 33 pontos disputados (39,3%).
"As viagens de Aristizábal e também de Dodô e Denílson para as seleções, a contusão de Bordon e, principalmente, o fato de a diretoria não ter contratado jogadores experientes são explicações para essa queda", disse Dario.
"Um jogador experiente dita o ritmo e é o técnico da equipe dentro de campo. Quando o jogo começa, a participação do treinador é muito pequena", acrescentou.
Segundo Dario, a diferença entre Corinthians e São Paulo é que o Corinthians, mesmo tardiamente, está contratando.
"O São Paulo trouxe três ou quatro jogadores jovens, que, num time que também é jovem, não resolvem", disse.
Dario disse que tem escalado jogadores em má fase, como o meia Luiz Carlos, 28, só pelo fato de ele ser tarimbado.
"Não posso colocar um time em campo com seis ex-juniores como estava fazendo."
No Corinthians, sob prognóstico de nova fase com a estréia de Joel Santana no torneio, o atacante Donizete enxerga um lado inusitado da atual situação.
"Depois do Paulista, o Corinthians ficou triste. O time perdeu um grande ídolo (Marcelinho), a torcida passou a não acreditar, teve o problema político e o elenco se abateu", afirma.

LEIA MAIS sobre o clássico do Pacaembu às págs.4-3 e 4-4, e sobre os outros jogos do Brasileiro às págs. 4-2, 4-4 e 4-5

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