São Paulo, domingo, 31 de agosto de 1997
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Imprensa de escândalos conquista o Leste Europeu

DA "EFE"

A imprensa sensacionalista conquistou um importante mercado nos países do Leste Europeu, depois de quase meio século de censura comunista.
Com a chegada do capitalismo, os povos do antigo bloco soviético descobriram o gosto pelas fofocas, pelos escândalos e pelas fotos de nus.
As publicações são frequentemente dirigidas por antigos membros do velho regime e estão nas mãos de consórcios do Ocidente. O polonês Jerzy Urban, ex-porta-voz do governo comunista do general Wojciech Jaruzelski, é fundador e dono do semanário "Nie", com tiragem de 730 mil exemplares, que se dedica a "lavar a roupa suja" da classe política -em especial do ex-presidente Lech Walesa- e da igreja.
Na República Tcheca, Frantisek Vonderka, ex-comunista e membro das milícias populares, é redator-chefe do diário "Blesk", com tiragem de 200 mil exemplares, de propriedade do grupo suíço "Ringier S.A"."Blesk", um dos diários mais lidos no país e o único editado totalmente em cor, conquista seus leitores com nus e grande número de anúncios relacionados ao sexo.
Outro grupo suíço, o "Marquard", é dono do vespertino polonês "Express Wieczorny", com 140 mil exemplares, e do "Mai Nap" húngaro, com 84 mil.
Na Polônia, o matutino "Super Express", com 360 mil exemplares, pertence à sociedade sueco-polonesa "Media Express" e causa sensação pelos métodos que utiliza em suas investigações.
Na Romênia, o diário mais lido é o "Evenimentul Zilei", que atrai seus leitores com fotos de jovens seminuas na primeira página. A imprensa romena que surgiu após dezembro de 1989 publica escândalos, sobretudo políticos. No país, as tiragens dos jornais são um segredo bem guardado.

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