São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 1997 |
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Covas critica veto à presença de candidatos em inaugurações Para governador, medida vai prejudicar debate em 1998 DA REPORTAGEM LOCAL O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), criticou ontem a proibição, imposta pela nova lei eleitoral, à participação de candidatos aos governos em inaugurações de obras.A legislação que vai reger a eleição de 1998 foi aprovada pela Câmara na semana passada e aguarda apreciação dos senadores. Covas também usou a crítica ao texto aprovado pelos deputados como argumento para justificar, mais uma vez, sua posição contrária à reeleição de governantes. "A primeira consequência da reeleição é admitir que quem está no cargo possa disputá-lo. Portanto, se alguém está num cargo, pode fazer tudo aquilo que toda a vida fez no cargo. Então, inaugurar obra antes do período eleitoral pode e no período eleitoral não pode inaugurar?", disse o governador. Segundo Covas, na cultura política brasileira, quem se candidata à reeleição faz proveito da máquina pública para se favorecer. "Uso da máquina é proibido sempre. Eu dava esse exemplo quando se discutia a reeleição: será que a gente vai aceitar que o (presidente) Fernando Henrique pegue o avião presidencial para fazer comício em Porto Alegre?" Covas prevê que o debate eleitoral de 1998 não será pautado pelas idéias e projetos dos candidatos, mas, sim, por suas condutas. Em razão disso, ele considera a reeleição um "desvio total". As declarações do governador foram feitas durante visita a obras do metrô paulistano. Ele disse que ainda não é candidato a um segundo mandato no cargo. Texto Anterior: FHC reúne ministério para pedir redução de gastos públicos em 98 Próximo Texto: União já gastou toda verba para carentes Índice |
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