São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 1997
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Fellini projetou os paparazzi

DA "REUTER"

Suas ferramentas eram antiquadas -seus veículos, lentos, as máquinas, desajeitadas. Quarenta anos depois, eles têm motos semelhantes às de corrida, helicópteros, câmeras que tiram dez fotos por segundo e lentes tão caras quanto um carro.
Mas os alvos dos paparazzi continuam os mesmos -os ricos e famosos, que tanto fogem deles quanto os cortejam.
Desde o nascimento dos paparazzi em Roma, suas táticas de caçada são controversas.
A morte de Diana e Dodi al Fayed em um acidente de carro em Paris quando os dois aparentemente tentavam despistar os fotógrafos jogou os paparazzi mais uma vez no centro das atenções.
Ironicamente, o último país onde Diana passou as férias foi a Itália, o berço dos paparazzi.
Eles surgiram em cena em 1958. Naquele ano, Tazio Secchiaroli, o fotógrafo que inspirou Federico Fellini no filme "La Dolce Vita" (1960), descobriu que era mais bem pago quando conseguia fotos "surpresa".
Em uma mesma noite de 1958, os paparazzi imortalizaram o rei egípcio deposto Farouk virando uma mesa de restaurante e um ator norte-americano esmurrando um fotógrafo que o flagrou jantando com Ava Gardner.
Fellini viu algumas das fotos e saiu em busca de Secchiaroli. Criou o personagem Paparazzo e cunhou a nova "classificação".

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