São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 1997
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Firmas planejam 'importação'

DA REPORTAGEM LOCAL

As indústrias do pólo petroquímico de Mauá planejam desenvolver um sistema próprio de "importação" de água a preços menores que os cobrados pela Sabesp.
A água viria do Vale do Paraíba, pelos dutos de distribuição de derivados de petróleo que ligam as refinarias de Capuava (em Mauá) às do vale. Essa água, que teria alta qualidade e dependeria de pouco tratamento para ser usada, custaria entre R$ 0,50 e R$ 0,80 por mil litros, segundo Edson Eden dos Santos, diretor-superintendente da Petroquímica União, o maior consumidor de água do pólo.
A rede de dutos demandaria investimentos de R$ 70 milhões, que seriam dispendidos por uma construtora em troca do direito à exploração da distribuição da água.
Santos, entretanto, diz que se a Sabesp garantir o preço anunciado (R$ 0,70 por mil litros) e a regularidade do fornecimento, tem interesse no projeto da estatal.
Hoje, a empresa compra da Sabesp, a R$ 4,70, cerca de 30% dos 250 litros de água que consome por segundo. Os outros 70% são captados, tratados e distribuídos pela Refinaria de Capuava para as empresas do pólo, a R$ 0,50.
Os técnicos da Sabesp dizem que a água captada dos rios da região, por ser poluída, corrói equipamentos, gerando prejuízos.
Além disso, a tendência é que os rios se esvaziem com o aumento da coleta de esgoto, e a captação direta da natureza deve ser taxada, de acordo com projeto de lei apresentado pelo governo estadual.

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