São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
'Nosso Tipo de Mulher' é superficial
MARILENE FELINTO
São dois filmes autobiográficos, estrelados pelo próprio Burns, que põe em cena os conflitos dos homens de sua família de origem irlandesa. Mas os conflitos são tratados à maneira sempre superficial do cinema americano -a não ser que descambem para um certo tom de comédia, como no caso de Woody Allen. Tanto no primeiro quanto neste "Nosso Tipo de Mulher", a história trata dos desencontros amorosos de irmãos. Também a exemplo do primeiro filme, aqui a mãe é uma grande ausente (nunca aparece, a não ser em referências). É o mundo visto pela perspectiva dos homens: o pai Fitzpatrick e seus dois filhos, Francis (Mike McGlone) e Mickey (Edward Burns). Francis e Mickey têm personalidades e objetivos opostos. Enquanto Francis é corretor de ações na bolsa, materialista e garanhão convicto, o outro é taxista sem grandes ideais de vida. Os conflitos experimentados por ambos -e pelo pai e pela mãe ausente- resumem-se a uma espécie de culpa rala por um comportamento sexual, matrimonial e familiar que não convém ao catolicismo rarefeito a que ainda chamam, "irlandesamente", de religião. Burns só tem, aliás, isso de melhor que Woody Allen: é muito bonito. Filme: Nosso Tipo de Mulher Produção: EUA, 1996, 93 min. Direção: Edward Burns Elenco: Edward Burns, Mike McGlone, Cameron Diaz, Jennifer Aniston, John Mahoney Lançamento: Abril Vídeo (tel. 011/3766-4500) Texto Anterior: 'O Massacre' faz bangue-bangue sobre racismo Próximo Texto: Os dez vídeos mais retirados do mês Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |