São Paulo, segunda-feira, 1 de setembro de 1997
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Grupo viabiliza sucesso da 'alley'

GEANE BRITO
ESPECIAL PARA A FOLHA,

em Nova York
As receitas de sucesso da Silicon Alley são diversificadas: suas companhias vendem jornalismo, pesquisas, prazer, comunidade, produtos e até amor.
Porém, presente em todas as entrevistas com "cyber empresários", está a noção que a "viela do silício" não seria possível sem a existência do World Wide Web Artist Consortium (consórcio de artistas da rede).
O WWWAC é uma comunidade eletrônica formada por 170 profissionais da Internet. Porém, esse número de membros oficiais não conta com os mais de 1.500 participantes de sua movimentada lista de discussões, cujos assinantes recebem uma média de 75 mensagens diárias.
No "listão" do WWWAC, os temas variam de tecnologia e comércio eletrônico à lei e censura - com pinceladas sutis nas festas cyber do Silicon Alley.
Evangelização
Se na lista principal do WWWAC bangue-bangue é regra, em suas assembléias gerais participantes se comportam e até levantam a mão para perguntas. Os encontros acontecem quinzenalmente e contam com uma média de 60 participantes. Discussões seguem uma pauta e são moderadas por experts. O clima desses encontros, segundo um dos fundadores do grupo, Kyle Shannon, presidente da Agency.com, é o de "coop-tition" (competição cooperativa).
"Em 1995 o WWWAC era um grupo de pessoas se reunindo, basicamente, para aprender HTML e encontrar outras pessoas interessadas na rede", disse Miles Rose, 43, um "cyber empresário" cujo site, Regional Delights, vende "junk food" online.
"Antes do WWWAC, era muito difícil encontrar colegas. E se encontrássemos um artista gráfico, por exemplo, não tínhamos um contador especializado nessa área de comércio ou vice-versa. Era impossível fazer um site inteiro, muito embora as pessoas fossem muito boas em suas áreas de especialização", disse Rose.
Para Howard Greenstein, 30, o mestre de cerimônias das assembléias gerais, a idéia do WWWAC funcionou por que existia uma demanda por aprendizado e uma necessidade de desmistificar a tecnologia da rede. "Foi um trabalho de evangelização da comunidade tecnológica", disse ele.
(GB)

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