São Paulo, terça-feira, 2 de setembro de 1997
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Freio de Ouro dá início à Expointer

DA REPORTAGEM LOCAL

A prova Freio de Ouro, disputada por criadores de cavalo crioulo, bastante tradicional no Rio Grande do Sul, deu início sábado último à Expointer de Esteio, naquele Estado, feira que termina no próximo domingo, dia 7.
Os gaúchos fizeram "barba e cabelo" na prova, vencendo a categoria machos e também fêmeas.
O cavalo BT Inteiro do Junco, pertencente à Cabanha Sol de Maio, de Santa Bárbara do Sul (RS), foi o vencedor da Freio de Ouro dos machos.
A égua Devassa da Santa Angélica, de propriedade da Cabanha Santa Angélica, de Herval (RS), venceu a Freio de Ouro das fêmeas.
A Expointer começou com menos animais na comparação com o ano de 96. Deram entrada no parque 3.996 lotes, entre bovinos, equinos, ovinos e caprinos.
No ano passado, participaram dos julgamentos 4.176 animais.
A queda, de 23%, é reflexo do fechamento das fronteiras do Rio Grande do Sul para gado de outros Estados.
A medida tem objetivo de combater a febre aftosa no Rio Grande do Sul, Estado onde focos da doença não são constatados há pelo menos dois anos.
Negócios aquecidos
Os negócios com animais em leilões começaram bem.
Dois remates alcançaram médias 100% superiores às médias do ano passado.
No sábado, dia 30, o leilão de cavalos mangalarga, que havia obtido média de R$ 2.200 em 96, deu um salto e emplacou R$ 4.400.
Já o remate Função, que vendeu cavalos da raça crioulo, conseguiu resultado médio de R$ 12 mil no domingo, dia 31.
Em 96, o mesmo pregão havia se contentado com a média de R$ 6.000.
Se as vendas continuarem nesse ritmo seguramente o faturamento da Expointer vai ser maior ao alcançado no ano passado (R$ 1,3 milhão), afirma Marcelo Silva, da Trajano Silva, empresa que organiza 29 dos 51 remates da feira.
"A quantidade menor de animais em oferta está sendo compensada pela boa qualidade, o que faz subir as médias", diz.

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