São Paulo, terça-feira, 2 de setembro de 1997
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Bolsa já caiu 25% desde o pico da alta

DA REPORTAGEM LOCAL

Setembro chegou e as Bolsas brasileiras entram em seu terceiro mês de instabilidade.
Em uma sequência do movimento ocorrido na sexta-feira, mas desta vez sem a ajuda de Nova York, que esteve fechada por causa do feriado do Dia do Trabalho, as Bolsas de São Paulo e do Rio de Janeiro desabaram 4,71% e 4,69%, respectivamente.
Desde o pico do Ibovespa no dia 8 de julho, a desvalorização acumulada já chega a 25,7%.
Quando o mercado brasileiro abriu, os operadores encontraram em suas telas mais uma rodada de quedas nas Bolsas do Sudeste Asiático e nem mesmo a valorização ocorrida nos mercados europeus evitou que a tendência asiática se repetisse por aqui.
Nas Filipinas, a Bolsa atingiu o nível mais baixo dos últimos quatro anos, caindo 2,29%. Em Taiwan, a queda foi de 2,58%, enquanto na Malásia os mercados estiveram fechados em razão de um feriado local. A Bolsa de Tóquio continuou sendo influenciada pela perspectiva de queda das exportações para os países do Sudeste Asiático e caiu 1,40%.
Diante desse cenário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, chegou a registrar baixa de 6,49% durante a manhã, recuperando-se parcialmente ao longo do dia. O papel mais negociado, Telebrás PN, chegou a R$ 119,00 o lote de mil e fechou a R$ 123,00.
Em razão do feriado nos EUA, boa parte dos investidores estrangeiros também estiveram ausentes do mercado local.
Mas, segundo operadores de grandes bancos estrangeiros no Brasil, as poucas ordens vindas do exterior eram de venda.
Na maioria das mesas de operações, dizia-se que as expectativas de saques nos fundos de ações haviam se confirmado, o que teria contribuído para acentuar a baixa.
Alguns analistas notaram com otimismo a alta registrada nas Bolsas européias, que, na ausência de Nova York, são a melhor referência para o Brasil.
Em Londres, o FT-100, principal índice da Bolsa, subiu 1,09%. Em Frankfurt, a alta foi de 2,09%, e em Paris, de 1,3%. Seria um indício de que a região estaria superando o efeito negativo da crise asiática.

LEIA MAIS sobre as Bolsas no Painel S.A, na pág. 2-2, e nas págs. 2-6 e 2-8

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