São Paulo, terça-feira, 2 de setembro de 1997
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Bodin, do Icatu, vê diferenças com Ásia

DA REPORTAGEM LOCAL

O que acontece no Brasil é reflexo do que ocorre na Ásia porque os investidores precisam vender onde há liquidez para cobrir perdas no mercado asiático. "E o Brasil tem dois ativos muito líquidos: ações da Telebrás e os C-Bonds".
A explicação é de Pedro Bodin, diretor do Banco Icatu. Muitos investidores, diz, estão olhando para o Brasil e se perguntando se aqui existe o mesmo problema de lá.
Para Bodin, é tudo muito diferente. O déficit em conta corrente é muito menor e a economia é muito menos alavancada (endividada). "Um dos problemas na Ásia é que as economias estavam muito alavancadas e o governo não podia elevar muito os juros. Na Tailândia, o crédito representava 150% do PIB. No Brasil, é 30% e o investidor sabe que aqui o governo tem muito mais possibilidade de elevar os juros se alguém quiser testar a economia do país".
Ele considera naturais as posturas conservadoras em relação ao Brasil nesse momento, principalmente daqueles que perderam dinheiro na Ásia. "Bolsa é chamada de renda variável e no semestre passado esquecemos disso."
Bodin vê boas oportunidades de compra de papéis brasileiros nesse momento.

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