São Paulo, quarta-feira, 3 de setembro de 1997
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Procura a médicos chega a dobrar em SP

LUCIANA SCHNEIDER; FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

O número de procura a consultas com médicos para tratar de doenças respiratórias tem crescido de 35% a 100% nos últimos 20 dias.
O otorrinolaringologista Richard Voegels, 30, diz que tem atendido 50% a mais de pacientes com problemas de respiração do que vinha atendendo.
Voegels atribui esse aumento à baixa umidade e à poluição do ar, que pioraram nos últimos dois dias.
Clístenes Odir Soares Silva, 45, coordenador do pronto-atendimento de pneumologia do Hospital São Paulo, afirma que o número de consultas cresceu pelo menos 35% no hospital. A maioria dos pacientes, segundo ele, tinha as chamadas doenças de base, como rinite, sinusite ou bronquite.
"É difícil uma pessoa que só tenha a garganta ou a mucosa do nariz ressecada ir se consultar. A maioria pinga um soro fisiológico e fica tudo bem. Mas, para quem já possui doenças de vias respiratórias, é preciso ir ao médico e fazer sempre inalação", explica.
Para Silva, é preciso tomar muito cuidado ao fazer exercícios nesses dias de inversão térmica. Segundo ele, havia duas pessoas fazendo cooper na avenida Nove de Julho ontem pela manhã.
"Correr em um ar que está poluído e seco é muito perigoso. É necessário que haja condições ideais para se praticar esportes. Senão, ao invés de obter efeitos positivos, a pessoa só vai conseguir resultados negativos para o corpo."
A otorrinolaringologista Tânia Sih, professora da Faculdade de Medicina da USP, diz que nos últimos dias atendeu o dobro de pacientes em seu consultório -cerca de 40 pessoas por dia. "É importante a ingestão de muita água para evitar a desidratação, principalmente pelas crianças."
(LUCIANA SCHNEIDER E FABIO SCHIVARTCHE)

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