São Paulo, quarta-feira, 3 de setembro de 1997
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Banco português compra Boavista, 9º maior

DA SUCURSAL DO RIO; DA REDAÇÃO

O Boavista, 9º maior banco privado brasileiro em 96 pelo critério de ativos, foi vendido ontem para uma associação formada pelo Banco Espírito Santo, de Portugal, o grupo Monteiro Aranha.
O valor da transação não havia sido revelado até o início da noite.
Em nota oficial a ser divulgada hoje, os novos controladores informam que a participação dos dois no Boavista é paritária.
A operação inclui a participação do banco francês Crédit Agricole e a fusão com o banco InterAtlântico, que os dois controlam.
O capital da nova instituição, que vai se chamar Banco Boavista InterAtlântico S/A, fica distribuído da seguinte maneira: Banco Espírito Santo (22%), grupo Monteiro Aranha (22%), Maes (holding constituída pelo Monteiro Aranha e Espírito Santo (24%), Crédit Agricole (24%) e acionistas minoritários (8%).
O Boavista tem rede de 70 agências, com maior concentração no Rio. No final do ano passado, tinha carteira de empréstimos de US$ 1,2 bilhão e US$ 649 milhões em depósitos. O patrimônio líquido era de US$ 341 milhões. Em dezembro de 96 os ativos do Boavista (carteira de empréstimos e outros) somavam US$ 5,1 bilhões.
No ano passado, o Boavista registrou lucro de R$ 54,7 milhões e rentabilidade de 16,1%, o que ficou acima da média do setor.
O Banco Espírito Santo tem 117 anos e é o quinto maior banco de Portugal. O grupo Monteiro Aranha, com sede no Rio, tem negócios em várias áreas, com destaque para a de mineração.
O banco brasileiro também chegou a interessar uma das maiores instituições financeiras da Espanha, o Bilbao Vizcaya.
O Banco Central informou ontem que ainda não analisou a fusão. Segundo o BC, por enquanto há apenas um protocolo entre os bancos, e os termos definitivos da operação serão estudados depois.

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