São Paulo, quarta-feira, 3 de setembro de 1997
Texto Anterior | Índice

Diana; Em defesa do SUS; Perfeito; Equívoco; Fundo do poço; Esquecimento; Estabilidade em risco; Privilégio imoral; Campanha sobre rodas; Aproveitadores; Assunto único

Diana
"Por ocasião da Guerra do Golfo, uma repórter espantou-me quando disse que aquela era uma guerra que todo jornalista sempre sonhara em cobrir.
Já não me assusto ao saber que as fotos do acidente de lady Di valerão bons milhões. Talvez cobrir a morte da princesa seja o que os jornalistas sempre sonharam."
Thiago Luchesi (São Paulo, SP)
*
"A força da imprensa é inacreditável. Ela consegue derrubar presidente, baixar a inflação e agora até matar princesas."
Wellington Noboru Hoshino (Tatuí, SP)
*
"Resolveram que Diana não terá um enterro real. Não precisa, ela é muito maior do que essa realeza, é superior a essas inúteis honrarias."
Lucilia T.R. Calegaretti (São Paulo, SP)
*
"Compreendo que a trágica morte de lady Di é um fato chocante e triste, que deve ser noticiado.
Mas fico extremamente magoado ao comparar a cobertura feita pelos jornais, rádios e televisão da morte da princesa com a do Betinho."
Eric Grieger Banholzer (Itajubá, MG)
*
"Quem matou a princesa Diana?
Uma fatalidade? A imprudência do motorista?
Paris com suas ruas 'pessimamente' sinalizadas? O carro de luxo, cujos itens de segurança tão propagados não foram eficazes?
Os repórteres e fotógrafos, loucos, que não sabem a hora de parar?
Ou nós, leitores de revistas e notícias sensacionalistas, ao alimentarmos esse famigerado e indecente mundo da fofoca, da falta de privacidade alheia?"
Rodrigo Alves Ferreira (Ribeirão Preto, SP)
*
"O pranto a lady Di não se justifica, salvo se não se queira entender que Deus tem seus desígnios, que querer execrar jornalistas e fotógrafos, agora, não vai consertar nada e que a maior parte das coisas ocorreu pelo próprio querer da falecida."
Edson de Arruda Camara (Recife, PE)
*
"Parte da imprensa mundial matou a princesa Diana, a sua galinha dos ovos de ouro."
Varlei Disiuta (Porto Alegre, RS)
*
"Diana deixou um exemplo para o mundo."
Henrique Souza (Curitiba, PR)

Em defesa do SUS
"Sobre o artigo 'De planos e seguros de saúde' (1º/9), do senador José Serra: o SUS não é um fracasso em todo o Brasil primeiro porque ainda não foi implantado em seu 'todo' em todo o país, segundo porque onde foi implantado, mesmo parcialmente, melhorou a atenção à saúde da população e, por fim, não é a causa da expansão da assistência médica suplementar.
O SUS é a expressão e instrumento de uma bem fundamentada e consistente política de saúde para o país, inserida na Constituição de 88 e resultante de um amplo processo técnico, social e político, visando corrigir as graves e iníquas distorções do sistema anterior.
O SUS não é a crise da saúde, é uma política e um sistema de saúde para superação da crise."
Eurivaldo S. Almeida, professor associado da Faculdade de Saúde Pública da USP -Universidade de São Paulo (São Paulo, SP)

Perfeito
"O artigo 'Otello' (30/8), de Alberto Dines, sobre a intriga e a inveja de Iago (e suas correlações com o Brasil de hoje), é absolutamente perfeito.
Os leitores da Folha agradecem."
Mauro Salles, publicitário (São Paulo, SP)

Equívoco
"Nota na coluna 'Painel' de 31/8 está equivocada. Não existiu proposta de 60 dias para a campanha eleitoral gratuita no rádio e na TV, nas próximas eleições.
O PPB, portanto, apoiou a proposta do relator, afinal vencedora, de 45 dias. A proposta defendida pelo governo, ao contrário, era de apenas 30 dias."
Helio Mauro Armond, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Kennedy Alencar, editor do "Painel" - Dois parlamentares do PPB afirmaram, reservadamente, que o ex-prefeito Paulo Maluf queria uma campanha de 60 dias. O partido levou a proposta ao PMDB, que a recusou. Os pepebistas, então, desistiram de apresentar emenda à lei eleitoral e comunicaram isso a Maluf.

Fundo do poço
"Se para o presidente Fernando Henrique a dentadura é um novo símbolo do Real, para nós, dentistas, ela é o fundo do poço ou o 'fim da picada'.
Triste mordaça na boca dos brasileiros, campeões mundiais de cárie e desdentados."
Jair Rotta (Mococa, SP)

Esquecimento
"Lamentável a maneira com que este jornal -e toda a imprensa brasileira- vem tratando João Acácio Pereira da Costa, o 'Luz Vermelha'.
Já que esse bandido não pode apodrecer no xadrez, que tal esquecê-lo em vez de tratá-lo como herói, como foi feito com Leonardo Pareja?"
Lucas Beleza Rocha (Belo Horizonte, MG)

Estabilidade em risco
"O crescimento do desemprego e da miséria mundial colocam em risco a estabilidade social do planeta.
Basta olharmos para o continente africano, onde isso já ocorre em alguns países, para vermos que sem estabilidade social as leis não são cumpridas, e sem leis não existe segurança."
José da Silva Frazão (Osasco, SP)

Privilégio imoral
"A figura do candidato nato afronta a Constituição, porque ofende o princípio de igualdade de todos perante a lei.
Ela cria privilégio imoral para seu autor, gera para ele ilegal 'reserva de mercado', impede que qualquer outro cidadão tenha oportunidade de disputar na convenção do partido e, por derradeiro, impinge ao eleitorado nomes de disputantes que nunca valeria a pena pôr sequer na pugna eleitoral, muito menos no Congresso outra vez."
Anis José Leão (Belo Horizonte, MG)

Campanha sobre rodas
"Sobre a foto que mostra o automóvel do ministro Sérgio Motta com placa de São Paulo com os caracteres 'FHC 2002': conclui-se que é possível encomendar ao Detran paulista a combinação que se desejar."
Antonio Domínguez Calvo (Rio de Janeiro, RJ)

Aproveitadores
"Sobre os destaques diários para o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra): estranho o esforço que este jornal faz para diariamente arrumar assunto a fim de manter esse grupo de aproveitadores em manchetes. Deveria, sim, ignorá-los."
Luiz Aparecido Fregolente (Barra Bonita, SP)

Assunto único
"Até parece que nestes últimos meses o único morto no Brasil foi o índio pataxó Galdino.
Não me lembro de ver algum artista plástico deixando uma obra de arte à porta do abrigo de velhinhos no Rio de Janeiro, onde morreram à míngua quase cem pessoas.
Não me lembro de ver alguma promotora pública ávida de punição pelos responsáveis por quase 70 mortos na tragédia da hemodiálise em Caruaru (PE) ou pelos responsáveis por mais de cem presos mortos na chacina do Carandiru (SP)."
Almerinda dos Anjos Pereira (Brasília, DF)

Texto Anterior: Universidade, sonho e realidade
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.