São Paulo, quinta-feira, 4 de setembro de 1997 |
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Kitano emerge como favorito ao Leão
AMIR LABAKI
Kitano é mais conhecido no Brasil como o sargento Hara de "Furyo - Em Nome da Honra" (1983), de Nagisa Oshima. No Japão, é uma celebridade desde os anos 70, revelado como ator cômico de uma dupla de teatro. Aos 50 anos, Kitano é romancista e poeta, cartunista e ilustrador, jornalista e estrela de TV. Há oito anos tornou-se também diretor de cinema. Começou com populares policiais sobre a yakuza, a máfia japonesa, como "Sonatine" (93). "Hana-Bi", seu sétimo filme, é uma variação mais complexa em torno desse universo. Kitano adiciona fortes tintas existenciais. O título já adianta esse tom: "Hana-Bi", quando escrito sem hífen, quer dizer "fogo de artifício". Separadas, as palavras significam "flor", como símbolo de vida, e "fogo", de morte. O policial Nishi sofre golpes do destino. A mulher tem câncer terminal. Um parceiro de trabalho fica paraplégico, o outro morre. Nishi abandona a corporação e empresta dinheiro da yakuza para minorar a dor dos que o cercam. Kitano assina o roteiro e a direção. Interpreta o papel central. Realiza ainda as belas gravuras que comentam a evolução da trama. É a mais impressionante conjunção de talentos desse festival. (AL) Texto Anterior: NOTAS Próximo Texto: Filme de Egoyam abre Festival de Toronto Índice |
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