São Paulo, quinta-feira, 4 de setembro de 1997
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Funerais de Diana e da rainha Vitória guardam semelhança

CLARE GARNER
DO "THE INDEPENDENT"

Os assessores da rainha morta conseguiram. Enquanto os funerais de seus predecessores haviam sido à noite, o da rainha Vitória foi de dia, uma tradição desde então.
Outras tradições -como o arrastar da carreta de canhão com o corpo- também começaram com o funeral de Vitória, ainda que por acidente. Um problema na estação Windsor levou ao nascimento da nova tradição real. Enquanto o caixão era colocado em cima da carreta de canhão no qual seria levado para a capela de São Jorge, os cavalos da Artilharia Real dispararam. Foi então sugerido que integrantes da guarda de honra naval substituíssem os cavalos e levassem a carreta. O efeito foi tão forte que a prática se tornou tradição.
Apesar do ineditismo, a cerimônia deste sábado terá algo dos funerais do passado. Assim como o dia do enterro de Churchill ficou conhecido como um "dia triunfalmente churchilliano", o 6 de setembro de 1997 será lembrado como o "dia de Diana".
No caso de Churchill, às 3h havia mais de 500 fiéis do lado de fora da catedral. Ao amanhecer, os humildes e os poderosos lotavam todos os espaços vagos.
Centenas de milhares de pessoas assistiram ao cortejo que levou o corpo de Westminster até a catedral de São Paulo.
Os funerais de Estado incorporam não apenas uma pessoa, mas um estado de espírito, tornando-se parte da saga britânica. No caso de Winston Churchill, a nação dizia adeus ao homem que salvara seu país. O mundo parou para Churchill, assim como parará sábado para Diana.

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