São Paulo, sexta-feira, 5 de setembro de 1997
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O que a PF concluiu sobre a explosão no Fokker-100

- No dia 9 de julho*
. 4h30
O professor Leonardo Teodoro de Castro sai de seu apartamento com uma pasta, onde levava uma bomba dentro de uma caixa de papelão
. 5h
Embarca em uma estação do metrô com destino à rodoviária do Tietê
. 5h30
Na rodoviária do Tietê, Castro embarca em um ônibus para São José dos Campos. Ele leva a edição São Paulo do dia 9 do jornal "O Estado de São Paulo", que ela usará para embrulhar a bomba
. 6h45
Castro desembarca na rodoviária de São José dos Campos e vai de táxi para o aeroporto, onde compra uma passagem para São Paulo
. 6h52
O Fokker-100 da TAM decola de Vitória (ES) com 30 passageiros e 5 tripulantes
. 7h30
O professor faz check-in no aeroporto de São José
. 8h11
O avião pousa no aeroporto de São José. Outros 25 passageiros embarcam, entre eles Castro e o engenheiro Fernando Caldeira de Moura. Ambos deveriam sentar na frente da aeronave, mas vão para o fundo do avião
. 8h30
O avião decola de São José em direção a São Paulo
. 8h34/8h35
Castro se levanta da poltrona 17C, onde estava sentado, e coloca a bomba, embrulhada no jornal, debaixo do vão entre a almofada e a estrutura da poltrona 18D
. 8h39
A bomba explode. Castro, quem já estava sentado, cai no chão. Fernando Caldeira de Moura, que estava no banco 19E e não usava cinto de segurança, é jogado para fora do avião. A fileira 18 também é expelida
. 8h45
O comandante da aeronave pede para fazer um pouso de emergência em Congonhas
. 9h03
O avião pousa em São Paulo

*Alguns horários são aproximados

- A localização
Leonardo Teodoro de Castro - 17C
Bomba (debaixo da almofada da poltrona) - 18D
Fernando Caldeira de Moura - 19E

- O que a PF diz ter contra Castro
. Resíduos de substâncias usadas para fabricar a bomba foram encontrados no apartamento do professor e na valise que ele carregava
. Os mesmos resíduos, afirma a PF, foram encontrados em uma caixa de papelão, com a inscrição "protótipo" datilografada em uma etiqueta, que estava na valise
. Exames mecanográficos comprovam que a etiqueta foi datilografada em uma máquina Olivetti apreendida no apartamento de Castro
. No apartamento do professor, os agentes federais encontraram também vários bilhetes, alguns em tom de despedida, e 13 apólices de seguro

- O grande mistério
Apesar das provas materiais que diz ter contra Leonardo Teodoro de Castro, a PF não conseguiu estabelecer os motivos que levariam o professor a colocar uma bomba no avião

Fonte: Superintendência da Polícia Federal em São Paulo

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