São Paulo, sábado, 6 de setembro de 1997
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Funcionários dos Correios decidem manter paralisação

DA REPORTAGEM LOCAL

Os funcionários dos Correios de São Paulo decidiram em assembléia na tarde de ontem continuar a greve iniciada na noite de quarta.
Segundo avaliação da federação dos funcionários, cerca de 70% deles estão parados, em todo o país.
Para a direção dos Correios, a paralisação atinge apenas 8% da categoria, em 14 cidades.
Durante a assembléia, realizada na avenida Prestes Maia, em frente à agência central dos Correios de São Paulo, os funcionários atiraram ovos contra o prédio, atingindo com respingos algumas pessoas que passavam pelo local.
Participaram da assembléia cerca de 300 funcionários. Ao todo, segundo a direção da empresa, são cerca de 15 mil funcionários na Grande São Paulo e 28 mil no país.
Os Correios de São Paulo convocaram, até ontem, cerca de 500 pessoas já concursadas para suprir o déficit de pessoal provocado pela greve. Outros 3.000 funcionários deverão ser contratados, em caráter especial.
Segundo os Correios, as negociações salariais estão interrompidas enquanto durar a greve.
José Roberto de Matos, do sindicato de São Paulo, orientou os participantes da assembléia a "radicalizar" o movimento, intensificando os piquetes.
No Estado de São Paulo, o primeiro dia da greve fez com que 930 mil correspondências deixassem de ser entregues.
Os Correios entregam cerca de 10 milhões de correspondências diariamente no Estado.
Segundo o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor), quem deixar de receber uma conta, devido à greve dos Correios, pode negociar com o credor a isenção de multa.
Após a assembléia, os grevistas fizeram passeata até a praça da República (região central de SP), onde se juntaram à manifestação dos professores estaduais.

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