São Paulo, sábado, 6 de setembro de 1997
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Bolsa de SP reage e sobe 12% na semana

LUIZ CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado financeiro encerrou a semana conseguindo reverter o quadro pessimista que dominou o mês de agosto. Com isso, a Bolsa de São Paulo acumula alta de 12% desde o dia 29 de agosto.
Ontem, por sinal, foi justamente a Ásia, antes explicação para a queda das cotações, que deu um impulso a mais para as cotações continuarem a subir. Por lá, as Bolsas encerraram o dia com altas superiores a 10%, com as moedas subindo com relação ao dólar.
Já embalada por três dias consecutivos de otimismo, a Bovespa ganhou 3,56% no dia, dessa vez com bom volume financeiro (R$ 1,038 bilhão, 70% maior que o do dia anterior).
As ações das empresas do setor de energia foram o destaque, com o IEE (Índice de Energia Elétrica, que acompanha os papéis do setor listados na Bolsa) subindo 5,57%.
Telebrás PN encerrou a sessão com valorização de 3,16%, sendo negociada no final do dia a R$ 146,50 (o lote de mil ações) e concentrando 52,4% do total de negócios do mercado à vista.
Além da Ásia, serviu para animar os investidores as especulações em torno dos novos números de importação do primeiro semestre, que devem ser menores que os anunciados. Os números corretos, no entanto, só serão conhecidos na próxima terça-feira, segundo informou ontem o governo.
No mercado futuro de câmbio, negociado na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as cotações voltaram a cair.
A moeda norte-americana para entrega em novembro, por exemplo, fechou a R$ 1,108 -recuo de 0,06%. Na quinta-feira, as cotações já haviam caído 0,12%.
Nova York
A Bolsa de Valores de Nova York fechou ontem com queda de 0,57%, num dia de boatos sobre um eventual pedido de demissão de Alan Greenspan da presidência do Federal Reserve.
"Esses rumores não têm sentido", declarou o presidente do Fed, em um comunicado divulgado à tarde pela instituição.
Segundo o governo norte-americano, o índice de desemprego nos EUA subiu para 4,9% em agosto, contra 4,8% no mês anterior.
A má notícia para o mercado foi o aumento do custo da mão-de-obra, o que mais tarde pode ter impacto sobre os índices de inflação.

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