São Paulo, sábado, 6 de setembro de 1997 |
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Bethânia e Gal enfrentam platéia 'oficial'
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
O presidente Fernando Henrique Cardoso, que havia afirmado que estaria presente, preferiu prestigiar a inauguração de uma exposição de arte barroca no Itamaraty. A primeira-dama, Ruth Cardoso, foi anunciada no ato de reinauguração, mas não compareceu. Bethânia e Gal, que há cerca de duas décadas não faziam um show juntas, cantaram em dupla só três músicas: "Oração para Mãe Menininha" (Dorival Caymmi), "Esotérico" (Gilberto Gil) e "Sonho Meu" (Ivone Lara). Tropeçaram na letra de "Esotérico". "Estava ensaiadinho, mas na hora errei tudo", disse Bethânia no palco. Restauração A entrega da sala completa a restauração do teatro projetado por Oscar Niemeyer, levada em parceria pela Fundação Banco do Brasil, pelo Ministério da Cultura e pelo governo do Distrito Federal. O custo total da reforma, segundo a Fundação Banco do Brasil, foi de R$ 2 milhões. O show das duas cantoras (em duas sessões -uma para convidados e outra aberta, que aconteceria ontem à noite) custou cerca de R$ 340 mil. Povo cultural Em discurso que precedeu o show, o ministro da Cultura, Francisco Weffort, afirmou: "Nós, brasileiros, somos um povo mais cultural que os outros", sem conseguir explicar o que queria dizer. Quando cantava "Quem Te Viu, Quem Te Vê" (Chico Buarque), Gal, tentando puxar o coro da platéia, clamou: "Canta, senador. Canta, vereador". Brasília não possui vereadores, mas deputados distritais. Poucos cantaram. Os pedidos de bis foram discretos. Após uma música a mais, o público se retirou, sem insistir na repetição de outras canções. O governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque, comentou o show em entrevista à Folha: "Gostei das duas, mas acho, como disse a elas, que faltou uma pitadinha de Pernambuco, de frevo". Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Divas se chocam no palco Índice |
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