São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997 |
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Aos 40 anos, filho de Zagallo quer virar técnico retranqueiro
RICARDO PERRONE
A missão de seguir seus passos sobrou para o seu filho Paulo Jorge de Castro Zagallo, 40. Ele se forma em dezembro, depois de cinco meses de aulas, no curso para treinadores de futebol na Escola de Educação Física do Rio de Janeiro. "Sempre quis ser técnico, mas nunca tinha falado nada para ninguém", conta Paulo, que acompanha o pai nos treinos e estádios desde os 10 anos. "Agora finalmente deu o clique." O filho de Zagallo vendeu a loja de carros que dirigia, ao lado do irmão, Mário, para se dedicar à futura carreira. Em campo, promete seguir os passos do pai, quatro vezes campeão do mundo -duas como jogador, uma como técnico e outra como auxiliar-técnico. "Quero ser retranqueiro como ele e ganhar os títulos que ele ganhou", afirma, lembrando a fama de defensivista que Zagallo carrega desde a Copa do Mundo de 1974. Paulo faz a apologia do que chama de futebol de resultados -"de que vale jogar bonito e não ganhar?"-, diz que não atrapalha o fato de nunca ter praticado o esporte em nível profissional e declara que seria um "sonho" trabalhar ao lado do pai. Mas o encontro de família não deve acontecer nos campos. Paulo informa que o pai fez um "pacto" com os parentes para deixar a profissão tão logo seja encerrado o Mundial de 98, na França. Zagallo acha que o filho deveria começar a trabalhar em times pequenos, ou categorias de base. O treinador promete não dar palpite na carreira de Paulo -"a menos que ele peça; nesse caso, eu seria uma espécie de professor particular"- e diz que até agora não foi consultado. Texto Anterior: 'Espiões' do Cruzeiro encaram ex-técnico Próximo Texto: Brasil esportivo Índice |
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