São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997
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Alesi mostra serviço e faz a pole na Itália

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
ENVIADO ESPECIAL A MONZA

Em busca de emprego para a temporada de 98, Jean Alesi obteve ontem boa publicidade ao marcar a segunda pole de sua carreira durante o treino oficial para o GP da Itália, 13ª etapa do Mundial de F-1.
A corrida acontece hoje, no circuito de Monza, a partir das 9h (de Brasília), com transmissão da TV.
E promete alterar os rumos do campeonato deste ano, caso a Ferrari repita a péssima apresentação que fez ontem, diante dos "tifosi", a fanática torcida italiana.
Seus pilotos, o líder do Mundial Michael Schumacher e o companheiro Eddie Irvine, partirão da quinta fila -pior posição de largada no ano para o alemão. Seu tempo foi mais de meio segundo inferior ao de Alesi, enquanto o irlandês ficou a nove décimos da pole do francês, 1min22s990.
Para piorar, Jacques Villeneuve, maior perseguidor de Schumacher, a 11 pontos do rival, largará em quarto, atrás de Heinz-Harald Frentzen e de Giancarlo Fisichella.
O piloto da Jordan liderou boa parte do treino e foi dos poucos a optar por pneus de composto mais mole, de maior aderência e menor resistência.
Nesta temporada, os pilotos podem treinar com dois tipos de pneus. Mas são obrigados a manter a escolha feita para a classificação também durante a prova.
O forte calor não assusta o jovem herói local, mesmo depois de saber que os pilotos da primeira fila optaram por pneus de compostos mais duros, mais resistentes.
Fisichella, desde o segundo posto na Bélgica, vem afirmando que está pronto para vencer corridas. Mas terá de administrar o desespero de Alesi, praticamente descartado pela Benetton, e a ansiedade de Frentzen, que ainda não provou à Williams que pode defender a equipe como Villeneuve.
Não bastasse isso, o alemão foi bombardeado ontem por especulações de que Frank Williams já o teria alertado de que será obrigado a dar passagem a Villeneuve.
Frentzen não confirmou nem desmentiu. Apenas disse que "tudo é impossível em corrida".
Caso tenha mesmo tomado essa decisão, Williams estaria quebrando uma velha regra do time, que sempre respeitou a luta de seus pilotos na pista. As coisas vão mal.
Frentzen, na verdade, é a grande esperança de Schumacher para manter Villeneuve longe na classificação. A luta fratricida dentro da Williams apenas o beneficiaria.
No ano de seu cinquentenário, porém, uma quinta fila é pouco para a Ferrari. Ainda mais em Monza. E depender de Frentzen está longe de ser seguro.
Minuto de silêncio
Liderada por Damon Hill, grande parte da comunidade britânica da F-1 observou um minuto de silêncio em reverência à princesa Diana, ontem, em Monza.
A homenagem aconteceu às 12h (7h de Brasília), no exato instante em que o caixão que levava a princesa chegou à Abadia de Westminster, em Londres.
Até pouco antes do início do treino oficial, monitores da sala de imprensa da pista ficaram sintonizados na transmissão do enterro.

NA TV - Globo, ao vivo, 9h

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