São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997
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Palmeiras defende 24 anos de vitórias

ARNALDO RIBEIRO; RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras defende na partida de hoje uma invencibilidade frente ao São Paulo em Brasileiros de quase 24 anos.
A última vitória são-paulina pelo campeonato nacional aconteceu em 25 de novembro de 1973, quando bateu o Palmeiras por 2 a 1. Nesse mesmo ano, a equipe do Parque Antarctica conquistou o título da competição.
"Tomara que esse tabu continue, para que o time siga o campeonato com a cabeça erguida", afirmou o atacante Oséas, que deve fazer com Viola a dupla de ataque palmeirense.
"O interessante é que o São Paulo foi três vezes campeão brasileiro nesse período, em 77, 86 e 91, sem vencer o Palmeiras", disse o técnico são-paulino Dario Pereyra.
No confronto geral, ou seja contando o Paulista, a Taça Libertadores e outras competições, os dois times se equivalem: são 79 vitórias palmeirenses, 77 empates e 78 sucessos são-paulinos.
Por exemplo, a equipe só registrava vitórias sobre o União São João. Mas acabou empatando na última quarta-feira com o time de Araras (SP).
O Palmeiras nunca havia perdido para o Criciúma em seu estádio, o Parque Antarctica. Pois foi derrotado por 1 a 0 no fim-de-semana passado.
Além disso, no último domingo, o São Paulo quebrou outro jejum ao vencer o Corinthians depois de quase três anos.
Rival decorado
O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, porém, não parece preocupado com qualquer tipo de retrospecto.
"Para mim, vencer o São Paulo, o Sport ou o América-RN dá na mesma", disse.
Ele também não se preocupa em exibir detalhadamente aos seus atletas o rival de hoje.
"Não vou ficar passando vídeo para eles. O jogador profissional de hoje que não conhece o São Paulo não pode jogar futebol. O bravo é saber como joga o União São João ou o Criciúma", afirma.
Zinho, por exemplo, diz conhecer bem o adversário de hoje. "É um time habilidoso, veloz e que joga no erro do rival. Seus atacantes são mais leves que os nossos. O segredo é se posicionar bem e não dar oportunidade a eles."
Dario Pereyra, por sua vez, vem estudando o rival, que, segundo ele, mudou muito em relação ao último Campeonato Paulista, quando foi derrotado duas vezes pelo São Paulo: 4 a 2, na fase classificatória, e 4 a 1, na fase final.
Entre os titulares, restaram o goleiro Velloso, os zagueiros Cléber e Roque Júnior, o lateral-esquerdo Júnior, o volante Rogério e o atacante Viola.
O lateral-direito Cafu e o meia Djalminha, principais estrelas do time, foram negociados com clubes do exterior: Roma e La Coruña, respectivamente.
"Eles se reforçaram, e isso faz com que o entrosamento demore para acontecer", afirmou Dario.
"O meu time se ambientou mais rápido que eu esperava, mas, em compensação, os resultados estão levando mais tempo do que eu esperava para acontecer", disse o palmeirense Scolari.
(AR e RB)

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