São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997
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Compare vantagens e desvantagens

É necessário planejamento

DA REPORTAGEM LOCAL

Os preços convidativos e a possibilidade de passar as férias em locais diferentes gastando sempre o mesmo valor com o imóvel. Esses são os principais atrativos do sistema "time sharing" de acordo com os usuários ouvidos pela Folha.
Ao lado das vantagens, no entanto, reside uma "desvantagem cultural" para os brasileiros: a falta de programação para as férias.
Segundo Ricardo Montaudon, presidente da RCI (Resort Condominiums International) do Brasil, a maioria dos brasileiros ainda não tem o hábito de se programar.
"Para quem faz planejamento das férias não há problemas", diz o empresário Luiz Carlos Morgado, 48, usuário do "time sharing".
Segundo Morgado, o "time sharing" custa menos do que manter um imóvel de veraneio.
Dono de uma chácara de 42.000 m2 no interior de São Paulo, ele gasta cerca de R$ 5.000 por ano na manutenção do local. "O custo é alto, e o imóvel é pouco utilizado."
Morgado diz que as acomodações do "time sharing" têm toda a infra-estrutura de uma casa.
Ele comprou o programa de 210 diárias para seis pessoas por R$ 4.500 e paga R$ 180 de taxa trimestral para a manutenção.
As taxas de adesão e os pacotes variam de acordo com o empreendimento, a empresa e o número de pessoas que vão se hospedar.
O direito de uso pode ser por semanas ou dias. Alguns prazos de validade são predeterminados.
Uma cota com 210 diárias no Condomínio Paúba, por exemplo, custa cerca de R$ 5.000 (adesão) e R$ 200 de manutenção trimestral.
Para os hotéis, um fator positivo é a diminuição da baixa temporada. Rivaldo Camara, 53, dono de dois empreendimentos em Paúba, São Sebastião (litoral norte de SP), afirma que sempre há pessoas que viajam em qualquer época.
Em muitos empreendimentos, o preço de adesão é mais baixo para períodos de menor procura. Os hotéis de Camara têm 39 residências e 62 apartamentos.
Volta ao mundo
O economista Valdecir Carlos de Jesus, 36, por exemplo, encontrou no "time sharing" uma boa foram de viajar para lugares diferentes, sem gastar mais pela hospedagem. Ele pagou R$ 9.000 de adesão e já foi para seis cidades dos EUA, além de Cancún (México).

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