São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 1997 |
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A natureza indevassável
INÁCIO ARAUJO
Em vez do psicótico Norman Bates, agora é a natureza que se oferece como mistério e veladura. Nunca saberemos o que significa essa rebelião dos pássaros, sua feroz hostilidade aos humanos, que estraçalham com bicadas tão ferozes quanto as facadas de Norman. Nunca saberemos, vendo o belo plano final, o que significa aquele horizonte avermelhado, toldado pelas sinistras imagens dos pássaros. Exceto, talvez, se significar isso mesmo: o horizonte que se fecha, a natureza que já não se deixa apreender, indevassável ao homem, à sua razão e à sua fé. (IA) Texto Anterior: Ueba! Tarada frígida grita: "Põe na Consul" Próximo Texto: Especial da Cultura concorre em Chicago Índice |
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