São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Principal conselho da polícia é não reagir

ROGERIO SCHLEGEL
DA REPORTAGEM LOCAL

A principal recomendação para quem percebe que está prestes a ser assaltado por um motoqueiro é a mesma que vale para outros tipos de assalto: não reagir ou tentar fugir do local.
"Não dá para suspeitar de todo o motoqueiro que se aproxima pelas laterais do carro, porque, em princípio, todos são honestos e, além disso, eles são em grande número hoje nas ruas de São Paulo", afirma o delegado Naief Saad Neto.
A abordagem do assaltante motoqueiro é, na maior parte dos casos, rápida. Se a vítima está em um carro, por exemplo, só percebe que se trata de um assalto quando a arma já foi sacada. "Aí, a vítima não pode pensar, em hipótese alguma, em reagir ou arrancar com o carro", aconselha o delegado.
O assalto a carros é quase sempre feito quando o motorista pára em um semáforo vermelho. Não é raro haver roubos em horários de movimento, quando há outros carros por perto. Em outros horários, no entanto, o motorista deve "administrar" a marcha para, sempre que possível, evitar ficar parado sozinho no semáforo.
Para o roubo de moto por ladrões motorizados, vale a mesma recomendação. Existem, mas são raros os casos em que o dono da moto é abordado em movimento por assaltantes que o mandam encostar.
Postos de gasolina
Os postos de gasolina, alvo cada vez mais visado, tentam desenvolver formas de desestimular os assaltos. Já há postos que pedem para todo motoqueiro desmontar na hora de abastecer.
Eles não apresentam razões de segurança, mas tentam persuadir o motoqueiro de que é uma questão de conforto -para o caso de escorrer gasolina pela lateral do tanque, por exemplo.
Para o gerente João Batista Angelo, que trabalha na área há dez anos, essa estratégia tem eficiência limitada. "Quem quer roubar desce da moto e abastece; depois monta e anuncia o assalto", diz.
Em sua opinião, a melhor forma de inibir o ladrão ou diminuir os prejuízos é estimular o pagamento eletrônico, com cartões, e carimbar os cheques para torná-los nominais ao posto. Também há seguros que cobrem prejuízos comprovados com assaltos.
(RSc)

Texto Anterior: Motocicleta é arma para o crime em SP
Próximo Texto: Os tipos mais comuns de assalto por motoqueiro
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.