São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 1997 |
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Encontro de jornais descarta risco da Internet
FERNANDO ROSSETTI
A conferência, promovida pelas associações Mundial e Nacional de Jornais (AMJ e ANJ), apresentou um amplo panorama dessas novas áreas de atuação, notadamente na área de educação -que é onde há a possibilidade de revalorizar a cultura escrita, em oposição a outros meios de comunicação. "Seria difícil encontrar indústria que tenha enfrentado um aumento tão drástico da concorrência como a jornalística", afirmou o presidente da ANJ, Paulo Cabral. "Quantas novas mídias e opções de informação e entretenimento tornaram-se disponíveis desde o início da década? A despeito disso, os jornais brasileiros tinham, ao final do ano passado, uma circulação 15,1% maior e um faturamento bruto 217% maior do que em 1992", disse Cabral. No mesmo sentido, Luís Frias, presidente da Empresa Folha da Manhã S/A, que edita a Folha, comparou o atual temor de os jornais desaparecerem a outros momentos históricos, como a invenção do rádio, do cinema e da televisão -todos inicialmente vistos como ameaça ao meio existente. "A experiência histórica mostra que os novos meios não substituem os anteriores", afirmou. "Hoje, a enxurrada de informações chega a tal dimensão que se começa a falar no direito à não-informação. Isso é um sintoma de um público que reclama não da falta, mas do excesso", disse Frias. Francisco Mesquita Neto, diretor-superintendente do jornal "O Estado de S. Paulo", falou sobre a atuação na área de educação que seu jornal teve ao longo da história, como a participação na criação da Universidade de São Paulo. Mesquita Neto destacou ainda a importância que os encartes têm tido para o crescimento do jornal. Citou como exemplo a publicação de fascículos da National Geographic Society, entre outros. Homenagem No final do encontro, Jayme Sirotsky, presidente da Associação Mundial de Jornais, destacou a oportunidade que a conferência ofereceu para a troca de experiências entre os jornais do mundo. Ao todo participaram jornais de 32 países. Ainda no encerramento, Pedro Pinciroli Jr., diretor-superintendente da Empresa Folha da Manhã S/A e presidente da conferência, fez uma homenagem à família do educador Paulo Freire, morto em maio deste ano. Texto Anterior: Motocicleta é arma para o crime em SP Próximo Texto: Programa deixa estudantes fazer o jornal Índice |
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